Chefe da diplomacia turca conversa com líder do Hamas sobre possibilidade de libertação de reféns em ataque contra Israel.

O chefe da diplomacia turca, Hakan Fidan, conversou por telefone com o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, para discutir a possibilidade de libertação dos reféns mantidos pelo movimento palestino. A informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Turquia nesta segunda-feira (16).

Segundo o comunicado do ministério, durante a conversa, Hakan Fidan e Ismail Haniyeh discutiram os últimos acontecimentos na Palestina e a possibilidade de libertação dos civis mantidos como reféns pelo Hamas desde o ataque realizado contra Israel em 7 de outubro. De acordo com as autoridades turcas, mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, foram mortas nesse ataque e 199 foram feitos reféns.

Em retaliação ao ataque do Hamas, o Exército israelense lançou uma série de bombardeios contra a Faixa de Gaza, resultando em pelo menos 2.750 mortes, a maioria civis, incluindo centenas de crianças, de acordo com as autoridades locais.

Na sexta-feira, as autoridades turcas confirmaram a morte de um cidadão turco com dupla nacionalidade israelense durante o ataque. Além disso, há relatos da imprensa turca de que outro cidadão turco estaria desaparecido.

Diante do conflito entre Israel e o Hamas, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propôs que a Turquia atue como mediadora para pôr fim ao conflito e garantir a libertação dos reféns.

Essa possibilidade de mediação por parte da Turquia é vista como uma tentativa do país de exercer protagonismo na questão palestina e de reafirmar seu apoio à causa palestina. Erdogan é conhecido por ser um defensor fervoroso dos direitos dos palestinos e um crítico contundente de Israel.

Essa situação também coloca a Turquia em uma posição delicada, pois visa equilibrar suas relações com Israel, com quem possui laços diplomáticos e comerciais, e sua solidariedade com os palestinos. O país tenta mostrar que é capaz de manter diálogos com as duas partes do conflito e de buscar soluções pacíficas.

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