Segundo informações de interlocutores da área diplomática, esse tipo de ajuda é comum em missões realizadas pelo Brasil. Como exemplos recentes, podemos citar a retirada de sul-americanos de países que fecharam suas fronteiras durante a pandemia de Covid-19 e a repatriação de argentinos e uruguaios que estavam na Ucrânia após a invasão russa do ano passado.
Na última segunda-feira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou que outros países da América do Sul também pediram ajuda ao Brasil com o objetivo de repatriar seus cidadãos. No entanto, o ministro destacou que, neste momento, a prioridade é a repatriação de brasileiros.
Até o momento, a Operação Voltando em Paz, realizada pelo governo brasileiro, já concluiu a repatriação de 916 nacionais e 24 animais domésticos. Com a realização de um novo voo que partirá de Tel Aviv na quarta-feira, mais de 1100 brasileiros terão sido retirados da região.
É importante ressaltar que muitos brasileiros já partiram e estão partindo de Israel por voos comerciais. O Ministério das Relações Exteriores orienta que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais a partir do aeroporto Ben-Gurion, que segue operando normalmente.
No entanto, cerca de 30 brasileiros aguardam o sinal verde para atravessar a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. O governo brasileiro está aguardando a autorização do Egito para que essas pessoas consigam sair do território palestino, chegar até o Cairo e pegar um avião fornecido pela Força Aérea Brasileira (FAB) para retornar ao Brasil.
A repatriação de brasileiros e a possibilidade de auxiliar outros países vizinhos reafirmam o compromisso do Brasil em garantir a segurança e o bem-estar de seus cidadãos, mesmo em situações de conflito. O governo brasileiro continua empenhado em realizar todas as ações necessárias para assegurar o retorno seguro de seus nacionais e prestar auxílio aos países parceiros da América do Sul.
