Americano atirador de elite e instrutor do Estado Islâmico é condenado à prisão perpétua por juiz em Nova York.

Nesta terça-feira (17), o cazaque Ruslan Maratovich Asainov, conhecido como Suleiman al-Amriki ou Suleiman al-Kazakhi, foi condenado à prisão perpétua por um juiz de Nova York. Asainov, de origem americana, era atirador de elite e instrutor de armas do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria.

Além da prisão perpétua, o juiz Nicholas Garaufis também impôs três sentenças adicionais, sendo elas de 70, 20 e 10 anos. Essas sentenças foram por fornecimento de material de apoio que resultou em morte, conspiração para fornecer apoio material e obstrução da Justiça.

O procurador Breon Peace, responsável pelo distrito leste de Nova York, declarou que a sentença responsabiliza Asainov pela carnificina que ele causou como membro juramentado do EI. Peace ressaltou que qualquer pessoa que pegar em armas a serviço do grupo e causar morte e destruição será processada com todo o peso da lei.

Asainov, de 46 anos, viajou para a Síria em dezembro de 2013, passando pela Turquia, para se juntar ao Estado Islâmico. Ele permaneceu no grupo até ser capturado na fronteira com o Iraque em março de 2019. Durante seu tempo na Síria, Asainov chegou a ser “emir”, ou chefe, responsável pelo treinamento com armas. Ele também manteve contatos nos Estados Unidos, para os quais enviava mensagens e fotografias em que aparecia no campo de batalha.

Em uma de suas mensagens enviadas em 2015, Asainov afirmava: “Somos a pior organização terrorista que já existiu”. Ele também tentou recrutar pessoas nos Estados Unidos para o EI, sem saber que eles eram informantes da polícia de Nova York.

Durante o julgamento de três semanas que aconteceu em fevereiro, no Brooklyn, Asainov reafirmou sua lealdade ao grupo terrorista e afirmou que o EI voltaria a se levantar. O réu deixou mulher e filha no Brooklyn quando viajou para a Síria, na companhia de Mirsad Kandic, que também foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos, em julho.

Com a condenação de Asainov, espera-se que a comunidade mundial esteja mais protegida desse assassino declarado. A justiça foi feita, e é um sinal claro de que qualquer pessoa que se alie a organizações terroristas e cause morte e destruição será responsabilizada pelos seus atos.

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