Bombardeios israelenses continuam na Faixa de Gaza, apesar da evacuação de civis e da escassez de recursos vitais

Mais de 500 mil civis migraram para o sul da Faixa de Gaza após o ultimato de Israel para que a população palestina desocupasse a região ao norte do rio Wadi Gaza. No entanto, as Forças Armadas israelenses continuaram a bombardear a área do enclave, onde muitos esperavam encontrar um local seguro durante a guerra.

Segundo o Ministério do Interior de Gaza, pelo menos 72 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas nos ataques de Israel a edifícios residenciais em Khan Younis e Rafah. A população que busca deixar o território palestino em direção ao Egito está presa nesses locais, aguardando uma resolução diplomática para o impasse.

Os militares israelenses não comentaram diretamente sobre o número de vítimas mencionado pelo ministério palestino, mas informaram ter bombardeado dezenas de alvos terroristas em toda a Faixa de Gaza. Eles afirmaram ter matado um chefe de inteligência do Hamas e que os bombardeios visavam centros de comando operacional, infraestrutura militar e esconderijos.

A situação no sul de Gaza está rapidamente se deteriorando, com recursos vitais como água e comida escassos em todo o território palestino. O Programa Mundial de Alimentos da ONU relatou que as lojas na Faixa de Gaza têm estoques de alimentos suficientes para apenas quatro ou cinco dias. A Organização Mundial de Saúde também alertou que Gaza tem apenas mais 24 horas de água, luz e combustível.

Segundo autoridades de Gaza, estima-se que cerca de 1,2 mil pessoas estejam presas sob os escombros de prédios destruídos por Israel, incluindo aproximadamente 500 crianças. O Ministério da Saúde de Gaza continua com esperanças de encontrar algumas delas com vida.

Diante desse cenário desolador, com bombardeios constantes e a fronteira com o Egito fechada, algumas pessoas deslocadas estão considerando voltar para o norte. Shaina Low, do Conselho Norueguês para os Refugiados, afirmou ao The New York Times que “o sul não é seguro” e que muitas pessoas estão dormindo nas ruas.

Imagens de vídeo após um ataque em Khan Younis mostraram várias vítimas, incluindo crianças, sendo resgatadas dos escombros de um edifício. Não está claro se foi o mesmo ataque mencionado pelos militares israelenses.

Acredita-se que centenas de milhares de pessoas tenham fugido para o sul de Gaza depois que Israel ordenou que os residentes do norte, cerca de 1,1 milhão de pessoas, evacuassem a região. Agora, muitos estão lutando para encontrar alimentos e água. A situação humanitária em Gaza é cada vez mais alarmante, com a população civil enfrentando condições terríveis e sofrendo as consequências devastadoras do conflito.

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