Ghassan Abu Sittah, membro do MSF, relatou que estavam operando no hospital quando uma forte explosão ocorreu, fazendo com que o teto da sala de cirurgia desabasse. “Isto é um massacre”, afirmou. O MSF também se pronunciou sobre o ocorrido em suas redes sociais, afirmando que “nada justifica esse ataque chocante a um hospital”. A organização pediu o fim do derramamento de sangue e destacou que os hospitais não deveriam ser alvos em conflitos.
Diversas partes atribuíram a explosão a um ataque israelense. O Hamas acusou Israel de ser responsável pelo bombardeio, enquanto as Forças Armadas israelenses afirmaram estar investigando o ocorrido e negaram que hospitais sejam alvos militares. O IDF (Forças de Defesa de Israel) alegou ter recebido informações de inteligência que indicavam a responsabilidade da organização terrorista Jihad Islâmica pelo ataque. No entanto, a Jihad Islâmica negou ser a autora da explosão.
A condenação do ataque também veio da Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou o ato como inaceitável e pediu a proteção dos civis. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que já há centenas de mortos e feridos e apelou para que os cuidados de saúde sejam garantidos.
O bombardeio ao hospital al-Ahli é o mais mortífero desde 2008, de acordo com a Defesa Civil Palestina. O porta-voz da organização, Mahmoud Basal, afirmou que o massacre é sem precedentes na história palestina e se assemelha a um genocídio. Zaher Sahloul, da organização MedGlobal, sediada nos Estados Unidos, classificou o ataque como o pior do século XXI contra uma instalação médica. Ele destacou que atacar hospitais é um crime de guerra e mina a neutralidade médica.
Enquanto o conflito em Gaza continua, estima-se que mais de 500 mil civis tenham migrado para o sul da Faixa de Gaza em busca de segurança. No entanto, as Forças Armadas israelenses continuaram bombardeando a área, incluindo os locais que eram considerados seguros. Autoridades palestinas relatam que mais de 80 pessoas morreram nos últimos 24 horas em bombardeios na região, além de dezenas de feridos.
É importante ressaltar que as informações citadas foram fornecidas por fontes não mencionadas, portanto, a veracidade dos fatos não pôde ser confirmada. As investigações sobre o bombardeio ao hospital al-Ahli ainda estão em andamento.