Explosão em hospital al-Ahli é classificada como massacre pelos Médicos Sem Fronteiras, com mais de 500 mortos

No último dia, os Médicos Sem Fronteiras (MSF) classificaram o bombardeio ao hospital al-Ahli como um “massacre” e “absolutamente inaceitável”. Segundo relatos, pelo menos 500 pessoas morreram no episódio. O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto em decorrência do acontecimento.

Ghassan Abu Sittah, membro do MSF, relatou que estavam operando no hospital quando uma forte explosão ocorreu, fazendo com que o teto da sala de cirurgia desabasse. “Isto é um massacre”, afirmou. O MSF também se pronunciou sobre o ocorrido em suas redes sociais, afirmando que “nada justifica esse ataque chocante a um hospital”. A organização pediu o fim do derramamento de sangue e destacou que os hospitais não deveriam ser alvos em conflitos.

Diversas partes atribuíram a explosão a um ataque israelense. O Hamas acusou Israel de ser responsável pelo bombardeio, enquanto as Forças Armadas israelenses afirmaram estar investigando o ocorrido e negaram que hospitais sejam alvos militares. O IDF (Forças de Defesa de Israel) alegou ter recebido informações de inteligência que indicavam a responsabilidade da organização terrorista Jihad Islâmica pelo ataque. No entanto, a Jihad Islâmica negou ser a autora da explosão.

A condenação do ataque também veio da Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou o ato como inaceitável e pediu a proteção dos civis. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que já há centenas de mortos e feridos e apelou para que os cuidados de saúde sejam garantidos.

O bombardeio ao hospital al-Ahli é o mais mortífero desde 2008, de acordo com a Defesa Civil Palestina. O porta-voz da organização, Mahmoud Basal, afirmou que o massacre é sem precedentes na história palestina e se assemelha a um genocídio. Zaher Sahloul, da organização MedGlobal, sediada nos Estados Unidos, classificou o ataque como o pior do século XXI contra uma instalação médica. Ele destacou que atacar hospitais é um crime de guerra e mina a neutralidade médica.

Enquanto o conflito em Gaza continua, estima-se que mais de 500 mil civis tenham migrado para o sul da Faixa de Gaza em busca de segurança. No entanto, as Forças Armadas israelenses continuaram bombardeando a área, incluindo os locais que eram considerados seguros. Autoridades palestinas relatam que mais de 80 pessoas morreram nos últimos 24 horas em bombardeios na região, além de dezenas de feridos.

É importante ressaltar que as informações citadas foram fornecidas por fontes não mencionadas, portanto, a veracidade dos fatos não pôde ser confirmada. As investigações sobre o bombardeio ao hospital al-Ahli ainda estão em andamento.

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