Jim Jordan, congressista próximo a Trump, não se elege para presidir a Câmara dos Representantes, mergulhando o Congresso em crise.

Jim Jordan, congressista alinhado com o ex-presidente Donald Trump, sofreu uma derrota nesta terça-feira (17) ao não conseguir ser eleito como presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos no primeiro turno da votação. Essa situação mergulhou o Congresso americano em uma nova crise, já que o órgão legislativo está sem um líder desde a destituição de Kevin McCarthy há algumas semanas.

Apesar da derrota, Jordan ainda possui chances de se eleger para o cargo de presidente da Câmara Baixa nas próximas rodadas de votação. Vale ressaltar que o Congresso americano é composto por duas câmaras: o Senado e a Câmara de Representantes. Os democratas possuem maioria no Senado, enquanto os republicanos comandam a Câmara de Representantes.

Desde a destituição de McCarthy, os republicanos vêm tentando chegar a um acordo sobre quem será o seu sucessor. Jordan, membro da ala mais conservadora do partido e atualmente o único candidato republicano na disputa, não conseguiu reunir apoio suficiente durante a votação no plenário da casa.

Vinte congressistas republicanos, em sua maioria moderados que criticam as posições extremas de Jordan, votaram contra ele. Além disso, seus detratores também o criticam por nunca ter conseguido aprovar um projeto de lei em seu nome, mesmo após 15 anos como congressista.

A eleição para a presidência da Câmara pode se estender por vários dias, como foi o caso de Kevin McCarthy, que teve que passar por 15 rodadas de votação e fazer várias concessões para conseguir o cargo. Os republicanos estão tentando evitar uma situação humilhante novamente, como aconteceu no início deste ano.

Enquanto os republicanos buscam um novo líder, os democratas estão pressionando para que a Câmara retome suas atividades normais. Ao mesmo tempo, o Senado se prepara para votar um pacote de ajuda a Israel, que incluirá apoio militar, diplomático, humanitário e de inteligência.

No meio desse contexto, os democratas estão denunciando a postura ambígua de Jordan em relação às eleições presidenciais de 2020, que Donald Trump ainda alega terem sido “roubadas” sem apresentar provas. Os congressistas do partido de Joe Biden, mesmo em minoria na Câmara, se alinharam em torno da candidatura de seu líder, Hakeem Jeffries, mas também não conseguiram obter votos suficientes.

Enquanto o Senado se prepara para debater a situação em Israel, líderes republicanos como Mitch McConnell defendem que os Estados Unidos devem apoiar as ações de defesa do país. Agora, resta aguardar os próximos desdobramentos dessa crise no Congresso americano e como eles afetarão o futuro da presidência da Câmara dos Representantes.

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