Dino ressaltou que a busca por um uso comedido da força é fundamental para legitimar a continuidade das ações. Muitas vezes, ações espetaculosas que ganham as manchetes podem comprometer a continuidade do trabalho, além de serem questionadas pela sociedade. Portanto, o objetivo é combinar força e inteligência, pois não há contradição entre esses dois elementos.
A partir desta terça-feira, a Força Nacional de Segurança e a PRF iniciarão a patrulha das rodovias do estado do Rio de Janeiro. São esperados 300 agentes, sendo que metade deles já se encontra no local. Inicialmente, estava previsto que as forças federais auxiliariam as polícias do Rio no cumprimento de mandados de prisão no Complexo da Maré, porém, devido a questionamentos do Ministério Público Federal (MPF) sobre o uso obrigatório de câmeras nessas ações, o governo teve que rever a estratégia. Por enquanto, as forças federais ficarão concentradas nas rodovias federais, portos e aeroportos.
Em consonância com as declarações do ministro Flávio Dino, o governador Cláudio Castro também criticou a atuação do MPF, afirmando que o posicionamento do órgão poderia prejudicar as ações de reforço na segurança do estado. Castro destacou a importância de respeitar os órgãos públicos de controle, mas ressaltou que eles devem ajudar e não atrapalhar. Segundo ele, já há muitas pessoas atrapalhando o processo. Castro ainda afirmou que a concentração das forças federais nas estradas foi uma solução melhor do que a ideia inicial.
Dessa forma, a parceria entre as forças de segurança estaduais, a Força Nacional de Segurança e a PRF busca garantir uma atuação efetiva e inteligente na segurança pública do Rio de Janeiro. A prioridade é evitar ações espetaculosas e investir na estratégia de combinar força e inteligência.