Peskov ressaltou que, na sua opinião, não há concorrente na Rússia e que não pode haver no momento. Isso levanta questionamentos sobre a existência de uma verdadeira democracia e competitividade política no país. Desde a invasão da Ucrânia, o governo russo aumentou a repressão da oposição, detendo ou forçando ao exílio os principais críticos de Putin, bem como pessoas comuns que se opõem à guerra.
Além disso, em 2020, o Kremlin conseguiu modificar a Constituição russa para permitir que o presidente exerça dois mandatos após o que termina em 2024, possibilitando que Putin permaneça no poder até 2036, quando ele completará 84 anos. Essa mudança levanta questionamentos sobre a garantia da alternância democrática no país.
A falta de um concorrente forte também levanta preocupações sobre a possibilidade de um poder excessivo concentrado nas mãos de Putin e a falta de pluralidade política na Rússia. Embora o governo possa argumentar que a presença de Putin no poder traz estabilidade e segurança para o país, é fundamental para uma democracia saudável que haja uma competição política significativa e a possibilidade de alternância no poder.
A conduta do governo russo em relação à oposição e à repressão dos críticos de Putin também é uma preocupação para os defensores dos direitos humanos e democracia. A liberdade de expressão e o direito à livre associação são princípios fundamentais em uma democracia, e ações que visam silenciar vozes dissidentes minam esses princípios.
Portanto, a declaração do porta-voz do Kremlin de que não há um concorrente real para Putin na Rússia levanta questões sobre a democracia e a competitividade política no país. É importante que os cidadãos russos tenham a oportunidade de escolher seus representantes por meio de um processo eleitoral justo e competitivo, que permita a alternância de poder e garanta a diversidade de opiniões e ideias na política russa.