Senado discute proposta de limitação das decisões monocráticas nos tribunais superiores em sessão temática. RBA às 11 horas.

Na próxima quinta-feira (19), o Senado realizará uma sessão temática para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2021, que visa impor limites às decisões monocráticas nos tribunais superiores. Aprovado nesta terça-feira (17), o requerimento para a sessão de debates foi apresentado pela presidência do Senado. Além disso, durante a mesma sessão, os senadores também aprovaram a prorrogação da CPI das ONGs.

A PEC em questão proíbe a concessão de decisões monocráticas que suspendam a eficácia de leis ou atos normativos com efeito geral, assim como a suspensão de atos dos presidentes da República, do Senado, da Câmara ou do Congresso. Além disso, a proposta estabelece que os pedidos de vista, que consistem no prazo para analisar um determinado processo, devem ser concedidos coletivamente e por um período máximo de seis meses.

A PEC 8/2021, que tem como principal autor o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no início de outubro. A sessão temática para a discussão da proposta está marcada para as 11 horas.

Além disso, durante a sessão, foi anunciado pelo presidente do Senado um requerimento para prorrogar a CPI das ONGs por mais 57 dias. O requerimento, que foi assinado por 41 parlamentares, dispensa a aprovação do Plenário para produzir efeitos. Iniciada em junho, a CPI teria seu prazo final em 23 de outubro, mas com a prorrogação, os trabalhos serão estendidos até 19 de dezembro.

Outro requerimento aprovado pelos senadores foi proposto pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para que dois projetos tramitem em conjunto. Esses projetos são o PL 1.635/2022, de sua autoria, que cria o Estatuto da População em Situação de Rua, e o PL 2.245/2023, da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que institui a Política Nacional de Trabalho Digno e Cidadania para a População em Situação de Rua.

Com essas medidas adotadas pelo Senado, espera-se um debate amplo e aprofundado sobre a imposição de limites às decisões monocráticas nos tribunais superiores, bem como a continuidade das investigações da CPI das ONGs, que vem desempenhando um papel importante na fiscalização das organizações não governamentais. O objetivo é garantir maior transparência e eficiência nas tomadas de decisão e no uso dos recursos públicos.

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