Cerca de 120 trabalhadores entraram no local às 7h, horário local, dizendo que planejavam ficar até que suas reivindicações fossem atendidas. Dentre eles, cerca de 20 disseram ter sido empregados no local da arena Porte de la Chapelle, que deverá sediar competições de badminton e ginástica nos Jogos Olímpicos de 2024. Os demais trabalhadores afirmaram ter trabalhado em condições semelhantes em outros canteiros de obras pela cidade.
Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 foram prometidos como inclusivos e socialmente responsáveis, com um contrato social assinado entre organizadores, sindicatos e organizações patronais em 2019. No entanto, Arnaud de Riviere de la Mure, sindicalista da Confederação Nacional dos Trabalhadores – Solidariedade ao Trabalhador (CNT-SO), criticou as condições nestes locais.
“Como de costume na construção, há uma cadeia de subcontratados e nessa cadeia há miséria e exploração”, disse ele, falando por cima do muro de dentro do local ocupado.
De acordo com o sindicalista, todos os trabalhadores envolvidos na ação foram empregados informalmente como subcontratados pela Bouygues Construction, empresa responsável pelas obras. Até o momento, a Bouygues Construction não pôde ser contatada para comentar sobre o assunto.
Os organizadores da Paris 2024 afirmaram, em resposta, que estão colaborando com a inspetoria do trabalho para garantir a proteção de todos os trabalhadores nas instalações olímpicas.
Os trabalhadores em greve estão exigindo que a Bouygues Construction forneça os documentos necessários para obterem residência legal e permissão de trabalho. Segundo eles, “sem documentos, não há Jogos Olímpicos”.
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