Comissão aprova projeto que dá autonomia financeira à PPSA na gestão do pré-sal

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou na última quarta-feira (18) o projeto de lei que busca conferir maior autonomia financeira e orçamentária à Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). A empresa, responsável pela gestão dos contratos de partilha na produção do pré-sal na Bacia de Campos e Santos, conhecida como Polígono do Pré-Sal, poderá contar, caso aprovado, com recursos provenientes da receita da comercialização do petróleo e gás natural para cobrir as despesas relacionadas às suas atividades e investimentos, além do pagamento de tributos.

O PL 6.211/2019, de autoria do falecido senador Arolde de Oliveira (RJ), recebeu parecer favorável do senador Eduardo Gomes (PL-TO) e será encaminhado agora para análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

A proposta busca modificar a Lei 12.304, de 2010, que autoriza a criação da PPSA, para garantir à empresa pública a autonomia necessária para suas operações financeiras e orçamentárias. Atualmente, os gastos da PPSA dependem exclusivamente dos repasses da União.

Segundo Arolde, autor do projeto, a situação atual compromete a autonomia da empresa, uma vez que ela apenas auferi receitas provenientes da gestão dos contratos de partilha de produção, por meio de um contrato firmado com o Ministério de Minas e Energia. Essas receitas são frequentemente afetadas por contingências orçamentárias, o que fragiliza sua autonomia.

Fundada em 2013, a PPSA é uma empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), que além de gerenciar contratos de partilha na produção do pré-sal nas Bacias de Campos e Santos, também é responsável pela comercialização da parcela de óleo e gás natural pertencentes à União.

A aprovação do projeto visa fortalecer a posição da PPSA no cenário nacional, conferindo-lhe as ferramentas necessárias para a gestão de seus recursos, o que poderá beneficiar não apenas a empresa, mas também a balança financeira do país.

A expectativa agora é que o texto seja analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde se espera que seja igualmente bem recebido pelos parlamentares, fortalecendo ainda mais sua possibilidade de se tornar lei.

É importante ressaltar que a aprovação do projeto representa um avanço significativo no fortalecimento da PPSA, permitindo que ela exerça suas atividades de forma mais independente e eficaz.

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