De acordo com os parlamentares, a igreja evangélica é responsável pela realização do retiro de jovens Maanaim, que promove práticas de conversão de jovens bissexuais e homossexuais à heterossexualidade. Karol Eller teria sido uma das vítimas dessa prática, segundo o documento apresentado ao MPF.
Os deputados solicitaram ao MPF que investigue a prática da “cura gay” por entidades, profissionais, grupos e empresas em todo o Brasil. A prática de “cura gay” não tem respaldo científico e é vedada pelo Conselho Federal de Psicologia desde 1999, pois a bissexualidade e a homossexualidade não são consideradas doenças ou distúrbios.
O pastor Henrique Vieira destacou que a história de Karol Eller se assemelha à de muitas outras pessoas que passam por essa violência chamada de “cura gay”. Ele afirma que algumas igrejas acreditam que a homossexualidade, bissexualidade e transexualidade são patologias, doenças e pecados, gerando um ambiente de tortura emocional.
O Ministério Público Federal informou que recebeu a representação e está em fase de análise preliminar do caso. O órgão pode decidir por instaurar um inquérito, arquivar o caso ou tomar outras medidas cabíveis.
A reportagem não obteve retorno da igreja Assembleia de Deus de Rio Verde até o momento.
É importante promover o debate e conscientização sobre a violência e discriminação enfrentadas pela comunidade LGBTQIA+, bem como combater práticas de “cura gay” que são prejudiciais e ineficazes. A morte de Karol Eller é mais um triste exemplo dessa realidade, que exige medidas de proteção e justiça.