O principal foco do encontro é a crise humanitária em Gaza, que está cercada e sofrendo bombardeios contínuos das forças militares de Israel desde o início do conflito entre Israel e Hamas, há pouco mais de uma semana. Esse novo conflito teve início após uma série de ataques promovidos pelo Hamas em território israelense, resultando na morte de centenas de civis e na forte contraofensiva por parte de Israel.
O convite ao Brasil ocorreu após a tentativa do país, que atualmente preside o Conselho de Segurança das Nações Unidas, de aprovar uma resolução sobre o conflito nesse órgão. Apesar do amplo apoio em torno de um texto de consenso, a oposição dos Estados Unidos, membro permanente do Conselho com direito a veto, frustrou a expectativa de ver a resolução aprovada. Além do Egito e do Brasil, outros países árabes, como Jordânia, Catar e Turquia, devem participar da cúpula.
No último fim de semana, o presidente Lula conversou por telefone com o presidente Egípcio. Um avião da Presidência da República já se encontra no país e aguarda autorização para fazer a repatriação de cerca de 30 brasileiros que estão em Gaza, próximos à fronteira com o Egito. Porém, até o momento, a travessia da fronteira ainda não foi autorizada.
A participação do Brasil nessa cúpula demonstra a busca do país por soluções e diálogos multilaterais para o conflito na região. Embora não seja possível prever os resultados desse encontro, espera-se que a discussão entre os países presentes possa contribuir para buscar alternativas de paz e soluções para a crise humanitária enfrentada pelos habitantes de Gaza. A diplomacia brasileira tem buscado se posicionar como um mediador nesse conflito, buscando trazer a perspectiva de respeito aos direitos humanos e ao direito internacional.