Preços de hortaliças caem nas Ceasas, com destaque para queda na cebola, aponta Prohort.

Hortaliças como alface, batata, cenoura e cebola estão com preços mais baixos nas Centrais de Abastecimentos (Ceasas), de acordo com o 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A cebola foi o produto que registrou a maior queda na média ponderada em setembro, mesmo com uma menor quantidade disponível nos mercados.

A explicação para os preços mais baixos é a pulverização da produção pelo país, que permite inferir que a oferta se encontra mais próxima aos centros consumidores, com menores custos de logística. Além disso, a intensificação da safra de inverno em todo o país resultou na queda contínua e unânime das cotações da batata. No caso da alface, a tendência declinante dos preços continua, mas de forma menos intensa do que nos meses anteriores. O clima influenciou tanto na oferta quanto na demanda da folhosa, com o calor encurtando o ciclo da alface e aumentando a demanda do produto.

No caso da cenoura, houve queda na média ponderada em alguns mercados pesquisados, mesmo com as chuvas e temperaturas altas em todo o país. A Conab explica que as chuvas e o calor provocam perda de qualidade do produto, resultando na desvalorização e queda de demanda. A colheita no Rio Grande do Sul foi praticamente interrompida devido às precipitações em setembro, o que gerou uma queda de cerca de 65% nos envios deste estado à Ceasa.

O tomate foi o único produto que não apresentou uma tendência uniforme de preços, variando de acordo com as maiores ou menores entradas do fruto durante o mês. As variações de temperatura também influenciaram a maturação do tomate, proporcionando diminuição e aumento da oferta.

No mercado de frutas, banana e mamão também tiveram queda nos preços, devido à boa oferta de banana-prata produzida no sul e no norte mineiro e ao maior volume de mamão papaia no sul da Bahia. O consumo de laranja e melancia aumentou devido às temperaturas mais altas. No entanto, as cotações da maçã aumentaram e a comercialização da fruta diminuiu na maior parte das Ceasas, devido à diminuição dos estoques classificadores.

Quanto às exportações de frutas, o volume exportado entre janeiro e setembro deste ano foi de 694 mil toneladas, totalizando US$ 794,8 milhões comercializados. Houve aumento nas vendas de mangas, limões, limas, melancias e abacates para o mercado externo.

O boletim da Conab é baseado em levantamentos feitos em diversas Ceasas do país.

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