Israel prometeu erradicar o grupo islâmico Hamas, que governa Gaza, desde que seus militantes romperam a barreira que cerca a Faixa de Gaza e atacaram cidades e assentamentos israelenses, resultando na morte de 1.400 pessoas, a maioria delas civis. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou às tropas na fronteira com Gaza que logo seria dado o comando para invadir o território.
Israel tem bombardeado Gaza e colocou os 2,3 milhões de habitantes sob um cerco total, impedindo a entrada de alimentos, combustível e suprimentos médicos. Desde 7 de outubro, mais de 3.700 palestinos foram mortos, incluindo mais de 1.500 crianças, e mais de um milhão de pessoas ficaram desabrigadas, de acordo com a ONU.
Israel já ordenou que todos os civis deixem a metade norte de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza. Porém, muitas pessoas se recusam a sair, com medo de perderem tudo e de não terem um lugar seguro para onde ir, já que as áreas do sul também estão sendo alvo de ataques.
A igreja cristã ortodoxa de São Porfírio, na Cidade de Gaza, foi atingida pelas forças israelenses, onde centenas de cristãos e muçulmanos buscaram refúgio. Imagens mostram um menino ferido sendo resgatado dos escombros durante a noite. O Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém chamou o ataque às igrejas usadas como abrigos de um “crime de guerra”.
Em Zahra, uma cidade ao norte de Gaza, os moradores disseram que todo o distrito, com cerca de 25 prédios de apartamentos, foi destruído. Eles receberam alertas israelenses em seus celulares e, meia hora depois, aviões de guerra derrubaram os prédios em explosões violentas.
A situação também se estende para a Cisjordânia e a fronteira norte do Líbano. Na Cisjordânia, 13 pessoas, incluindo cinco crianças, foram mortas em ataques israelenses em um campo de refugiados. O conflito entre Israel e o movimento Hezbollah do Líbano também se intensificou, com confrontos na fronteira sendo os mais mortais desde a guerra de 2006.
Diante do aumento da violência, os diplomatas temem que o conflito possa se espalhar ainda mais. Um navio de guerra da Marinha dos EUA interceptou três mísseis e vários drones lançados pelo movimento Houthi no Iêmen, potencialmente com alvo em Israel.
Embora a comunidade internacional tenha oferecido apoio à campanha de Israel contra o Hamas, há uma crescente preocupação com os civis em Gaza que ainda não receberam a ajuda prometida. Biden pediu um cessar-fogo e a entrada de ajuda humanitária em Gaza, mas Israel exige a libertação de reféns capturados pelo Hamas antes de permitir o acesso à ajuda.
A situação continua crítica, com milhares de mortes e feridos, milhões de desabrigados e a perspectiva de uma invasão iminente de Gaza. A comunidade internacional deve agir rapidamente para buscar uma solução pacífica e garantir a segurança da população civil.