Ataque de Israel arrasa distrito em Gaza e atinge igreja cristã, intensificando expectativa de invasão. Biden pede apoio em discurso.

Um ataque devastador atingiu um distrito no norte de Gaza após um aviso de evacuação de meia hora dado pelo governo. O ataque também atingiu uma igreja cristã ortodoxa onde pessoas buscavam abrigo, deixando claro que uma invasão de Gaza é iminente. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que retornou de uma visita a Israel para demonstrar apoio ao país, fez um discurso televisionado pedindo permissão para gastar bilhões de dólares adicionais para ajudar Israel a combater o Hamas, que ele considera uma ameaça à democracia israelense.

Israel prometeu erradicar o grupo islâmico Hamas, que governa Gaza, desde que seus militantes romperam a barreira que cerca a Faixa de Gaza e atacaram cidades e assentamentos israelenses, resultando na morte de 1.400 pessoas, a maioria delas civis. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou às tropas na fronteira com Gaza que logo seria dado o comando para invadir o território.

Israel tem bombardeado Gaza e colocou os 2,3 milhões de habitantes sob um cerco total, impedindo a entrada de alimentos, combustível e suprimentos médicos. Desde 7 de outubro, mais de 3.700 palestinos foram mortos, incluindo mais de 1.500 crianças, e mais de um milhão de pessoas ficaram desabrigadas, de acordo com a ONU.

Israel já ordenou que todos os civis deixem a metade norte de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza. Porém, muitas pessoas se recusam a sair, com medo de perderem tudo e de não terem um lugar seguro para onde ir, já que as áreas do sul também estão sendo alvo de ataques.

A igreja cristã ortodoxa de São Porfírio, na Cidade de Gaza, foi atingida pelas forças israelenses, onde centenas de cristãos e muçulmanos buscaram refúgio. Imagens mostram um menino ferido sendo resgatado dos escombros durante a noite. O Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém chamou o ataque às igrejas usadas como abrigos de um “crime de guerra”.

Em Zahra, uma cidade ao norte de Gaza, os moradores disseram que todo o distrito, com cerca de 25 prédios de apartamentos, foi destruído. Eles receberam alertas israelenses em seus celulares e, meia hora depois, aviões de guerra derrubaram os prédios em explosões violentas.

A situação também se estende para a Cisjordânia e a fronteira norte do Líbano. Na Cisjordânia, 13 pessoas, incluindo cinco crianças, foram mortas em ataques israelenses em um campo de refugiados. O conflito entre Israel e o movimento Hezbollah do Líbano também se intensificou, com confrontos na fronteira sendo os mais mortais desde a guerra de 2006.

Diante do aumento da violência, os diplomatas temem que o conflito possa se espalhar ainda mais. Um navio de guerra da Marinha dos EUA interceptou três mísseis e vários drones lançados pelo movimento Houthi no Iêmen, potencialmente com alvo em Israel.

Embora a comunidade internacional tenha oferecido apoio à campanha de Israel contra o Hamas, há uma crescente preocupação com os civis em Gaza que ainda não receberam a ajuda prometida. Biden pediu um cessar-fogo e a entrada de ajuda humanitária em Gaza, mas Israel exige a libertação de reféns capturados pelo Hamas antes de permitir o acesso à ajuda.

A situação continua crítica, com milhares de mortes e feridos, milhões de desabrigados e a perspectiva de uma invasão iminente de Gaza. A comunidade internacional deve agir rapidamente para buscar uma solução pacífica e garantir a segurança da população civil.

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