Especialistas em armamentos foram consultados para analisar imagens verificadas e testemunhos para tentar entender o que aconteceu. Um vídeo gravado pela Al Jazeera mostra o momento da explosão no hospital, enquanto outras imagens mostram veículos em chamas, escombros e corpos no chão. A falta de danos significativos nos prédios próximos e a ausência de uma grande cratera indicam que pode não ter sido um bombardeio clássico.
As autoridades de Gaza confirmaram que não havia feridos ou doentes locais no hospital no momento do ataque, pois todos haviam sido transferidos anteriormente. Testemunhas relataram que viram corpos desmembrados de idosos, crianças e mulheres. Médicos que trabalhavam no hospital descrevem a cena como um massacre.
Diversas teorias circulam nas redes sociais, com algumas pessoas defendendo a ideia de que o ataque foi causado pelo lançamento de um foguete palestino defeituoso e outros alegando que foi resultado de um bombardeio israelense. No entanto, os analistas consideram improvável que o ataque tenha sido realizado por Israel devido aos danos limitados e à falta de uma grande cratera.
Os especialistas apontam para a possibilidade de um projétil ter caído nos veículos estacionados no hospital, causando uma explosão nos tanques de gasolina. Eles também consideram a hipótese de pedaços de um foguete terem causado a explosão, projetando materiais inflamáveis e criando uma onda expansiva.
Tanto palestinos quanto israelenses se acusam mutuamente pelo ataque. O exército israelense divulgou mapas e uma gravação em áudio alegando que a Jihad Islâmica foi responsável pela tragédia. No entanto, um influenciador israelense se retratou depois de afirmar que o exército havia bombardeado uma base terrorista do Hamas no hospital.
O balanço de vítimas ainda é incerto. O Hamas afirma que 471 deslocados do conflito que foram refugiados no hospital morreram no ataque, enquanto um dirigente europeu de Inteligência estimou que houve várias centenas de mortos. Uma nota parcial dos serviços de inteligência americanos sugere que o número de vítimas fatais pode ficar entre 100 e 300.
A tragédia no Hospital Ahli Arab de Gaza é mais um capítulo trágico do conflito entre Israel e Palestina. Enquanto as partes se acusam mutuamente, a população sofre as consequências devastadoras da violência. A busca pela verdade sobre o ataque é essencial para garantir a responsabilização daqueles que cometeram esse terrível crime.
