Israel planeja ofensiva em três fases para eliminar o Hamas e criar um novo “regime de segurança” na Faixa de Gaza.

Autoridades do governo israelense revelaram seu plano para o conflito na Faixa de Gaza, em meio aos temores de uma possível invasão terrestre e a abertura de um novo front com o Líbano. De acordo com as declarações do ministro da Defesa Yoav Gallant, as Forças Armadas israelenses estão planejando uma ofensiva em três fases, com o objetivo de eliminar o Hamas e estabelecer um novo regime de segurança na região.

A primeira fase da ofensiva militar consiste em bombardeios em massa contra Gaza, visando eliminar alvos e destruir infraestruturas do Hamas. O ministro Gallant afirmou que esta fase já está em andamento, com ataques aéreos e manobras terrestres. No entanto, especialistas alertam para os possíveis danos humanitários e choques contra civis que uma invasão terrestre poderia causar.

A segunda fase, segundo o ministro, seria uma “luta continuada” de “baixa intensidade”, com o objetivo de eliminar bolsões de resistência do Hamas. Isso sugere a realização de operações direcionadas a alvos específicos e a presença prolongada de militares em Gaza. Alguns aliados de Israel, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressaram preocupação com uma possível repetição dos erros cometidos pelos EUA na reação aos ataques de 11 de setembro.

O ministro Gallant prometeu aos parlamentares que, após a eliminação completa do Hamas, as tropas israelenses se retirarão de Gaza, correspondendo à terceira e última fase da operação. Ele também afirmou que um novo regime de segurança seria estabelecido na região. No entanto, nenhum prazo foi estipulado para a conclusão das três fases.

Além da destruição do Hamas, autoridades israelenses também mencionaram a diminuição do território de Gaza como parte dos planos para a região. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Eli Cohen, declarou que, ao final da guerra, “não só o Hamas deixaria de existir em Gaza”, como o próprio território diminuiria. Outro ministro, Avi Dichter, defendeu a criação de uma “zona de tiro”, para impedir a aproximação de pessoas da fronteira israelense.

Estas declarações revelam a determinação de Israel em eliminar o Hamas e estabelecer uma nova realidade de segurança na região. No entanto, as possíveis consequências humanitárias e o impacto sobre civis estão sendo amplamente discutidos e criticados pela comunidade internacional. O desenrolar dos acontecimentos nos próximos dias será crucial para a resolução do conflito e a busca por uma paz duradoura entre Israel e Palestina.

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