O Exército israelense afirma que 1.500 combatentes do Hamas foram mortos durante a resposta do país, que resultou na retomada do controle das áreas atacadas. Na Faixa de Gaza, onde o bloqueio israelense é quase total, mais de 4.100 palestinos, em sua maioria civis, perderam a vida nos incessantes bombardeios retaliatórios lançados por Israel, segundo as autoridades locais.
Após a oração de sexta-feira, milhares de pessoas foram às ruas em várias cidades árabes e de maioria muçulmana em apoio a Gaza, seguindo a convocação de protestos após o “dia de ira”. No Egito, ocorreram marchas nas principais cidades do país, especialmente na emblemática praça Tahrir, no Cairo, onde dezenas de milhares de egípcios se manifestaram, gritando “Pão, liberdade, Palestina árabe” e “O povo quer a queda de Israel”, slogans inspirados na revolução de 2011.
Em Bagdá, capital do Iraque, milhares de pessoas, incluindo simpatizantes do Hashed al Shaabi, uma coalizão de facções armadas pró-Irã, manifestaram-se em apoio ao povo palestino e contra a entidade israelense ocupante. Além disso, houve protestos nas províncias iraquianas de Nínive e Dhi Qar.
O mesmo ocorreu na Jordânia, país vizinho a Israel, onde mais de 5.000 pessoas se manifestaram em frente à grande mesquita Husseini, na capital Amã, pedindo a salvação de Gaza e a abertura de fronteiras para apoiar o povo palestino. No Irã, centenas de pessoas gritaram “Morte aos Estados Unidos!” e “Morte a Israel” em protestos noturnos em Teerã.
Os libaneses também foram às ruas, principalmente em Beirute e em sua periferia sul, reduto do movimento Hezbollah, aliado do Hamas. Em Tunes, na Tunísia, milhares de manifestantes se concentraram em frente à embaixada da França, acusada de apoiar Israel em sua guerra contra o Hamas, gritando “Fora, França!”.
Na capital iemenita, Saná, controlada pelos rebeldes huthis apoiados pelo Irã, ocorreu uma grande manifestação onde foram estendidas enormes bandeiras palestinas. No Bahrein, no Golfo, 2.000 pessoas protestaram contra Israel e os Estados Unidos.
Essas manifestações massivas em várias cidades da região demonstram o apoio e solidariedade dos povos árabes e muçulmanos aos palestinos da Faixa de Gaza, que estão sofrendo com os bombardeios israelenses. As manifestações foram marcadas por discursos de repúdio a Israel, pedidos de apoio internacional à causa palestina e a exigência de parar a violência na região. A situação continua tensa, e a comunidade internacional busca maneiras de negociar um cessar-fogo para pôr fim aos conflitos.
