A entrevista foi concedida à presidente da Télam, Bernarda Llorente, em setembro, antes do início do recente conflito entre o grupo Hamas e Israel. Durante a conversa, o papa apontou diferentes causas para as guerras, como a exploração e a busca por controle territorial. Ele também mencionou que as ditaduras, tanto as declaradas quanto as não declaradas, podem promover guerras. Para o pontífice, as crises são como vozes que indicam o caminho a seguir e podem gerar crescimento se forem bem resolvidas.
Francisco criticou a crença na existência de um Messias que possa resolver os conflitos, afirmando que o Messias foi único e salvou a todos. Ele chamou de “palhaços messiânicos” aqueles que prometem solucionar os conflitos e ressaltou a importância de buscar onde está o conflito e resolvê-lo, em vez de esperar por uma salvação externa. O papa destacou ainda a importância de gerenciar os conflitos como uma sabedoria necessária para avançar.
Durante a entrevista, Francisco também condenou a exploração do trabalho, afirmando que quando as pessoas são contratadas sem carteira assinada e têm seus direitos negados, o trabalho se torna uma forma de escravidão. Ele ressaltou que o trabalho deve conferir dignidade às pessoas e reforçou que não é comunista, como alguns afirmam, mas que segue o Evangelho.
A entrevista exclusiva será exibida pela TV Brasil neste sábado (21), a partir das 19h30, e foi realizada em parceria com os canais públicos argentinos. O conteúdo da conversa traz reflexões importantes do papa Francisco sobre a guerra, o diálogo universal, as crises e a exploração do trabalho, enfatizando a necessidade de buscar soluções para os conflitos e promover a dignidade humana.