Heba Abu Nada nasceu em Meca, em 1991, e se destacou não apenas por sua contribuição para a literatura, mas também como acadêmica. Estudou bioquímica na Universidade Islâmica de Gaza e concluiu um mestrado em nutrição clínica. Em 2017, alcançou o segundo lugar no Prêmio Sharjah de Criatividade Árabe na categoria romance, com sua estreia literária, “Oxygen is Not for the Dead”.
Nos últimos dias, a poeta utilizou sua conta no Twitter para expressar o sofrimento provocado pelo conflito em Gaza. Um de seus tuítes, datado de 8 de outubro, dizia: “A noite da cidade é escura, exceto pelo brilho dos mísseis, silenciosa, exceto pelo som dos bombardeios, assustadora, exceto pela garantia das súplicas…”.
A notícia da morte de Heba Abu Nada gerou uma onda de tristeza e condolências nas redes sociais, com inúmeras manifestações de apoio e lamento. O cientista político e pesquisador palestino Abdalhadi Alijla destacou a perda da talentosa poetisa e romancista feminista de Gaza.
Infelizmente, Heba Abu Nada não é a única artista vítima do conflito entre Israel e Hamas. Há 15 dias, a artista plástica palestina Heba Zagout, de 39 anos, foi morta junto com seus dois filhos pequenos durante um ataque aéreo israelense em Gaza. Ela era conhecida por suas pinturas de paisagens e pessoas palestinas, com destaque para cenas de Gaza e Jerusalém.
Outro jovem artista, Mohammed Sami, de 23 anos, perdeu a vida durante um ataque ao Hospital al-Ahli al-Arabi, onde atuava como voluntário, realizando atividades para ajudar a amenizar o trauma das crianças afetadas pelo conflito.
A escalada da violência na região tem causado um número alarmante de vítimas, incluindo artistas e intelectuais palestinos, que têm suas vidas ceifadas em meio aos bombardeios e ataques. A tristeza e indignação diante dessas perdas são compartilhadas por comunidades artísticas ao redor do mundo, que acompanham com pesar as notícias sobre mais um talento perdido para o conflito que assola Gaza. É fundamental que a comunidade internacional atue para buscar soluções pacíficas e respeito aos direitos humanos, pondo fim a esse ciclo de violência que tem custado a vida de tantas pessoas talentosas e promissoras.
