Repórter Recife – PE – Brasil

Rio Negro atinge novo nível mínimo histórico em meio ao agravamento da estiagem no Amazonas

A estiagem que vem castigando o estado do Amazonas atingiu um novo patamar preocupante. O Rio Negro, um dos principais rios da região, atingiu um nível mínimo histórico, chegando a apenas 13,19 metros, de acordo com medição realizada pelo Porto de Manaus.

O rio vem sofrendo uma redução gradativa desde o fim de abril e a previsão é que continue baixando até o início de novembro, quando finalmente acaba o período de estiagem. Para se ter uma ideia do quadro alarmante, o recorde de altura já registrado foi de 30,02 metros, em 16 de junho deste ano.

A estiagem tem causado impactos em todo o estado do Amazonas. Segundo o último boletim divulgado pelo governo estadual, 59 dos 62 municípios amazonenses estão em situação de emergência, um está em alerta e apenas dois estão em normalidade. Além disso, aproximadamente 146 mil famílias, o que representa cerca de 590 mil pessoas, foram afetadas.

Diante desse cenário crítico, uma operação conjunta entre a Marinha, o Exército e autoridades locais tem distribuído ajuda humanitária às comunidades afetadas. O Navio de Assistência Hospitalar Soares de Meirelles tem sido o meio de transporte principal para levar cestas básicas e água mineral às regiões mais atingidas pela estiagem. A embarcação já distribuiu mais de 6 mil cestas básicas e 1,1 mil caixas de água em municípios do Alto Solimões.

O navio também desempenha um papel importante no atendimento primário à saúde e na distribuição de medicamentos para as comunidades ribeirinhas e indígenas. Além disso, o Ministério da Saúde anunciou uma verba de R$ 225 milhões para reforçar o atendimento no Amazonas devido à seca. Na semana passada, sete kits calamidade, contendo medicamentos e insumos, foram enviados ao estado.

A situação também chamou a atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que conversou por telefone com o presidente colombiano Gustavo Petro para abordar a questão da seca na Amazônia. É evidente que medidas urgentes e eficazes são necessárias para minimizar os impactos dessa estiagem prolongada no Amazonas e ajudar as comunidades a superarem esse momento de dificuldade.

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