Situação humanitária em Gaza é “catastrófica” com hospitais lotados e alarmante taxa de mortalidade de crianças, alertam agências da ONU.

A situação humanitária na Faixa de Gaza foi descrita como “catastrófica” por cinco agências da ONU. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Programa Alimentar Mundial, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o Fundo das Nações Unidas para a População, os hospitais estão lotados e as crianças estão morrendo “a um ritmo alarmante”.

Essas agências destacaram que a situação humanitária em Gaza já era desesperadora antes do conflito desencadeado pelo ataque do grupo islamita palestino, Hamas, em Israel, no dia 7 de outubro. No entanto, agora a situação se tornou ainda pior, deixando a população em uma situação de desespero.

Segundo as agências da ONU, o tempo está se esgotando antes que as taxas de mortalidade disparem devido ao surgimento de doenças e à falta de capacidade de cuidados médicos. A Faixa de Gaza, um território estreito com 362 km², está sob um “cerco total” imposto por Israel desde 9 de outubro, que cortou o fornecimento de água, eletricidade e alimentos.

Infelizmente, as crianças estão morrendo a um ritmo alarmante, privadas de seus direitos à proteção, à alimentação, à água e aos cuidados médicos. Os hospitais estão superlotados de feridos e os civis têm cada vez mais dificuldade em ter acesso a alimentos essenciais.

A ONU informou que um primeiro comboio de ajuda humanitária, composto por 20 caminhões, entrou em Gaza neste sábado através da passagem de Rafah, vindo do Egito. No entanto, de acordo com a ONU, essa quantidade de ajuda ainda é insuficiente. A organização está solicitando pelo menos 100 caminhões por dia para os 2,4 milhões de habitantes de Gaza que estão privados de tudo.

Os números divulgados pelas autoridades de Israel indicam que mais de 1.400 pessoas morreram em território israelense desde que o Hamas lançou sua ofensiva, a maioria delas eram civis mortos no primeiro dia do ataque. Por outro lado, o Exército de Israel informou que cerca de 1.500 combatentes do grupo islamita foram mortos na contraofensiva. Além disso, o movimento palestino mantém mais de 200 pessoas em cativeiro.

Os constantes bombardeios de represália israelenses em Gaza resultaram na morte de mais de 4.300 palestinos, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas. A situação na região é crítica e exige uma ação imediata da comunidade internacional para ajudar os moradores de Gaza.

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