O clube emitiu um comunicado informando que identificou e expulsou o torcedor, além de denunciar o ocorrido às autoridades policiais presentes no estádio. O Sevilla também afirmou que aplicará medidas disciplinares internas e que o agressor será expulso como membro em breve.
Vinícius Júnior tem sido alvo constante de agressões racistas no futebol espanhol. O jogador já fez dez denúncias desde 2021, mas apenas sete foram levadas adiante. De acordo com Jorge Santana, professor de História e mestre em Ciências Sociais pela Uerj, as instituições espanholas têm sido negligentes em relação a essas questões.
O último episódio de racismo ocorreu no dia 21 de abril, durante a partida entre Valencia e Real Madrid. Vinícius foi alvo de insultos racistas e sons de macaco vindos das arquibancadas. O jogo foi interrompido por oito minutos e o jogador acabou sendo expulso após se envolver em uma confusão.
Após esse incidente, Vinícius recebeu manifestações de apoio, como a do presidente da Fifa, Gianni Infantino, que o colocou à frente de um comitê especial antirracismo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou, pedindo ações enérgicas contra o racismo no futebol.
É lamentável que casos de racismo ainda aconteçam no futebol, uma modalidade que deveria unir as pessoas em torno da paixão pelo esporte. É fundamental que as instituições esportivas e as autoridades tomem medidas firmes para combater essa atitude repugnante e garantir que a prática do futebol seja inclusiva e livre de preconceitos.
É importante destacar o papel dos clubes e dos jogadores em denunciar esses casos e cobrar por ações efetivas. Ações como a do Sevilla, que identificou e expulsou o torcedor agressor, são um exemplo de como combater o racismo no esporte. É preciso que mais clubes adotem essa postura e que as autoridades ajam para punir os agressores e proteger os jogadores vítimas de racismo.
Nenhum jogador deveria ser alvo de agressões xenófobas e racistas, seja dentro ou fora de campo. O futebol deve ser um ambiente de respeito e igualdade, onde todos possam jogar e torcer sem medo de discriminação. Cabe a todos nós combater o racismo e garantir que o esporte seja um exemplo de inclusão para a sociedade como um todo.
