É importante destacar que o voto é obrigatório entre os 18 e 70 anos, embora a multa por não cumprir essa obrigação seja baixa. Já entre 16 e 18 anos, bem como acima dos 70 anos, o voto é opcional. Nas eleições primárias que ocorreram em agosto, a abstenção atingiu um recorde de 30,4%.
Para ser eleito presidente no primeiro turno, algum dos candidatos deve receber 45% dos votos válidos ou 40% desses votos com uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado. Caso isso não aconteça, será convocado um segundo turno, que está marcado para o dia 19 de novembro.
Durante a campanha, três candidatos se destacaram. Jorge Milei, economista da coalizão conservadora La Libertad Avanza, lidera a maioria das pesquisas com pouco mais de 30% das intenções de voto. Milei se autodenomina “anarcocapitalista” e defende um liberalismo extremo, com propostas como a redução drástica de subsídios e do aparato estatal.
Em segundo lugar nas primárias e nas pesquisas está Sergio Massa, atual ministro da Economia da Argentina, do partido peronista União pela Pátria. Ele é um político experiente, advogado e já foi presidente da Câmara dos Deputados. Apesar de ter assumido a pasta da Economia há um ano, Massa não foi identificado como o responsável pela crise atual no país.
Outro candidato de destaque é Patricia Bullrich, da coalizão Juntos pela Mudança. Ela é ex-ministra da Segurança do governo Macri e se apresenta como uma liberal de linha dura. Bullrich tem uma ligação familiar centenária com o comércio de gado e tem uma trajetória política que vai desde a Juventude Peronista até seu posicionamento atual.
Além da escolha do presidente, também serão renovadas metade das cadeiras da Câmara dos Deputados – o equivalente a 130 assentos – e serão escolhidos 24 senadores, um terço do total. Algumas províncias também terão eleições para os executivos locais, incluindo Buenos Aires, Catamarca, Santa Cruz e Entre Ríos, juntamente com a Ciudad Autónoma de Buenos Aires.
É importante ressaltar que este ano já ocorreram eleições em 17 províncias diferentes, enquanto Santiago Del Estero e Corrientes elegeram suas autoridades em 2021. Portanto, o resultado das eleições gerais deste domingo terá um impacto significativo na política argentina e em suas diversas esferas de poder.