Falta de combustível coloca em risco a vida de 120 bebês em incubadoras na Faixa de Gaza, alerta Unicef

A situação na Faixa de Gaza continua crítica, colocando em risco a vida de 120 bebês prematuros que se encontram em incubadoras. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) emitiu um alerta neste domingo (22) sobre a escassez de combustível para os geradores de energia elétrica nos hospitais, o que compromete o suporte vital fornecido a essas crianças.

Os ataques israelenses em retaliação ao ataque do movimento islamita Hamas têm deixado um saldo devastador. Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, mais de 1.750 crianças já perderam a vida nessa escalada de violência. Além disso, os hospitais de Gaza enfrentam a falta de medicamentos, combustível e água para atender os milhares de feridos e pacientes em tratamento.

A situação é especialmente crítica para os bebês prematuros que necessitam de cuidados intensivos em unidades especializadas. A eletricidade é essencial para manter os aparelhos funcionando e garantir o suporte necessário para essas crianças que ainda não têm seus órgãos completamente desenvolvidos.

O cerco imposto por Israel ao território de Gaza tem agravado ainda mais a crise humanitária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia alertado sobre a falta de combustível para os geradores nos hospitais, afirmando que cerca de mil pessoas dependem da diálise e também estarão em risco.

Apesar dos desafios, nos últimos dias, caminhões com ajuda humanitária têm conseguido entrar em Gaza, trazendo alimentos, medicamentos e combustível do Egito. No entanto, o temor de Israel é que esses recursos sejam destinados ao Hamas, o que tem dificultado o fornecimento de combustível aos hospitais.

O Ministério da Saúde palestino informou que 130 bebês prematuros correm risco de vida devido à falta de combustível. A situação é ainda mais preocupante considerando que, em média, 160 mulheres dão à luz diariamente em Gaza, segundo o Fundo de População da ONU. Estima-se que haja 50 mil mulheres grávidas no território.

Os ataques israelenses têm sido criticados pela comunidade internacional, especialmente pelo fato de que crianças e civis estão entre as maiores vítimas desses bombardeios. Famílias inteiras têm sido dizimadas, deixando um rastro de dor e tristeza.

Um exemplo trágico aconteceu no Hospital Najjar, em Rafah, onde os médicos relataram que não conseguiram salvar o feto de uma mulher que morreu em um ataque aéreo. Além disso, oito crianças perderam a vida enquanto dormiam em uma casa no sul da Faixa de Gaza.

A situação em Gaza continua alarmante, com a falta de recursos básicos para garantir a sobrevivência das crianças e a continuidade dos tratamentos médicos. É urgente que a comunidade internacional atue para garantir o fornecimento adequado de combustível e outros recursos essenciais nessa região assolada pela violência.

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