Argentina inicia nova etapa da campanha eleitoral rumo ao segundo turno das eleições presidenciais com Massa e Milei como principais adversários

A Argentina está prestes a entrar em um novo capítulo da campanha eleitoral, à medida que se aproxima do segundo turno das eleições presidenciais. Nessa fase decisiva, o favorito do primeiro turno, Sergio Massa, enfrentará o libertário Javier Milei. Embora Massa tenha obtido 36,6% dos votos no primeiro turno, ele ainda terá que reduzir a vantagem de seu adversário para conquistar a vitória final.

Massa sai fortalecido como um líder capaz de aglutinar adesões, mesmo em um momento em que a Argentina enfrenta uma inflação anual de 140%. Com quatro semanas pela frente, qualquer deslize econômico pode significar uma derrota para ele. O professor e doutor em Ciências Políticas pela Universidade de San Pablo, Sergio Morresi, expressou a importância dessa eleição ao dizer: “O que está em disputa é qual será o marco da próxima votação: se, como propõe Milei, ‘continuidade versus mudança’; ou como propõe Massa, ‘governo de unidade nacional versus salto no vazio'”.

No entanto, a estratégia de Milei no segundo turno enfrenta desafios. Analistas apontam que ele precisa conquistar os eleitores que apoiaram Patricia Bullrich, terceira colocada no pleito com 23,8% dos votos e representante da direita. Em relação a isso, Milei afirmou em uma entrevista à rádio El Observador: “Como não vou incorporá-la, se ela foi bem-sucedida combatendo a insegurança?”. O candidato de extrema direita já tinha começado a mudar sua estratégia, buscando o apoio daqueles que querem “acabar com o kirchnerismo”.

No entanto, a figura de Massa aparece de forma mais presidenciável aos olhos dos eleitores, segundo o analista político Raúl Timerman. Apesar de ser o ministro da Economia em um país em crise, Massa recebeu uma enxurrada de votos, o que indica que ele é visto como o mais capaz de presidir o país em uma situação caótica como a atual. Além disso, Massa enfatiza a importância de construir um governo de unidade nacional, reunindo as melhores forças políticas, em vez de priorizar o peronismo.

No entanto, Milei também desperta medo devido às suas propostas de dolarização, privatizações e corte de gastos públicos. O analista Timerman destaca que a motosserra exibida por Milei em seus atos de campanha, que antes era vista como algo engraçado, agora se tornou um elemento aterrorizante para muitas pessoas. Elas temem que suas propostas destruam tudo e demonstrem um descaso com os direitos conquistados.

Além disso, essa disputa eleitoral vem reconfigurando o Congresso Nacional. A extrema direita passou de três para 38 deputados, enquanto a União peronista pela Pátria (UP) perdeu dez assentos. Isso significa que, se o peronismo voltar ao poder, precisará costurar alianças para conseguir o quórum necessário para debater as pautas legislativas. A distribuição de forças no Congresso exigirá uma costura minuciosa de alianças.

Em meio a todos esses desafios, a Argentina enfrenta graves problemas econômicos, como uma inflação descontrolada, uma corrida cambial, alta taxa de juros e altos índices de pobreza. O país está em uma encruzilhada e a escolha do próximo presidente terá um impacto direto nas políticas econômicas e no futuro do país.

Vale ressaltar que esse texto é uma reprodução baseada na fala fictícia de um jornalista e não cita uma fonte real.

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