Com a decisão de Zanin, o curso de formação de soldados aprovados na primeira fase do concurso fica suspenso, assim como a aplicação de uma nova prova objetiva e a divulgação de qualquer resultado, até que haja uma decisão final do Supremo.
Segundo o entendimento do ministro, as mulheres devem concorrer pelas vagas disponíveis, sem uma reserva específica. Zanin justificou sua decisão afirmando que o percentual de 10% destinado às candidatas do sexo feminino pode ir contra os princípios constitucionais de igualdade de gênero.
Em agosto, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou a anulação da prova objetiva do concurso devido a denúncias de fraudes. As novas provas estavam previstas para o próximo mês, mas agora estão suspensas.
A discussão sobre a limitação da participação de mulheres em concursos militares começou quando Cristiano Zanin suspendeu, no mês passado, o concurso da Polícia Militar do Distrito Federal. Essa medida foi tomada após o Partido dos Trabalhadores (PT) contestar uma lei local que estabelecia um limite de 10% de participação feminina no efetivo da corporação.
Essas decisões do ministro têm gerado debate e despertado opiniões divergentes. Enquanto alguns acreditam que a reserva de vagas para mulheres é uma forma de promover a igualdade de gênero e garantir uma representação justa nos quadros militares, outros alegam que tal medida é injusta e pode comprometer a eficiência e a meritocracia nas instituições.
Agora, cabe aguardar a decisão final do Supremo Tribunal Federal para saber se a reserva de vagas para mulheres em concursos militares será mantida ou não. Enquanto isso, os candidatos aprovados terão que aguardar a retomada do curso de formação e a definição dos próximos passos do processo seletivo.