Em uma entrevista coletiva, o chefe da delegação do governo e presidente do Parlamento, Jorge Rodríguez, acusou a oposição de não cumprir os requisitos estabelecidos no acordo. Ele afirmou que, de acordo com a Constituição, apenas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) tem competência para organizar eleições, e que este órgão deveria ter sido envolvido no processo.
As eleições primárias da oposição foram realizadas sem a assistência do CNE, que propôs o adiamento do processo para poder organizá-lo. Rodríguez convocou uma reunião urgente da Comissão de Verificação do acordo para discutir a situação.
Segundo ele, as condições eleitorais foram violadas nas primárias, uma vez que não foi feita a auditoria de registro, auditoria dos votos, contagem dos votos e observações internacionais exigidos pelo acordo. O governo alega que os dados de participação foram inflados e que a eleição não foi legítima.
Diante dessas denúncias, o Parlamento anunciou que abrirá uma investigação. Rodríguez desafiou a comissão opositora a chamar o Centro Carter para contar os votos nas atas das mesas.
Essa recente controvérsia nas eleições primárias da oposição é mais uma demonstração das tensões políticas e disputas de poder que existem atualmente na Venezuela. O diálogo político entre o governo de Maduro e a oposição tem sido difícil, e essa violação do acordo certamente vai complicar ainda mais o processo de negociação.
Agora, cabe aos mediadores e à comunidade internacional analisar as denúncias e buscar uma solução para garantir eleições justas e transparentes no país. A situação política na Venezuela continua instável, e a confiança entre as partes envolvidas parece cada vez mais abalada. Resta saber como esse impasse será resolvido e se será possível alcançar uma solução pacífica e democrática para a crise política no país.
