O relatório marca o fim dos trabalhos da comissão, que duraram meses e investigaram profundamente os acontecimentos do dia 8 de janeiro, culminando no indiciamento de 61 pessoas, sendo uma delas o ex-presidente Jair Bolsonaro. Agora, cabe ao subprocurador Carlos Frederico Santos analisar o relatório e propor eventuais investigações contra os citados no documento final. Santos tem uma vasta experiência na investigação de atos ilícitos e já denunciou cerca de 1,4 mil acusados.
O material entregue à PGR não é pequeno. Além das 1,3 mil páginas de textos escritos, há também 7 terabytes de arquivos digitais, contendo imagens, vídeos e diversos documentos que embasaram os indiciamentos. Tamanha quantidade de informação requer uma análise minuciosa por parte da PGR, visando garantir a justiça e a imparcialidade nos desdobramentos do caso.
O relatório também foi entregue ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que é o relator dos processos referentes ao dia 8 de janeiro. Os membros da CPMI, Eliziane Gama, Jandira Feghali, Rogério Correia e Randolfe Rodrigues, também planejam entregar cópias do relatório à Controladoria-Geral da União (CGU), ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Polícia Federal, buscando ampliar a investigação para outras esferas e garantir que todas as instituições relevantes tenham acesso às informações.
O relatório final da CPMI do dia 8 de janeiro é uma peça fundamental para desvendar os acontecimentos daquele dia e responsabilizar os envolvidos. Com suas 1,3 mil páginas e 7 terabytes de arquivos, o documento é uma verdadeira enciclopédia de evidências que podem subsidiar futuras investigações e processos judiciais. Agora, cabe à PGR e às demais instituições competentes a tarefa de analisar essas informações e garantir que a justiça seja feita.