O flagrante ocorreu após um grupo de proteção aos animais denunciar um caminhão conhecido como “carro de gatos”, que transportava diversos animais raptados das ruas para serem vendidos como comida. O veículo foi interceptado pelos ativistas, em parceria com a polícia, depois de um monitoramento de seis dias.
As caixas de madeira encontradas no caminhão continham cerca de 20 gatos em cada uma, segundo o grupo de proteção aos animais. O destino desses animais era um matadouro, onde seriam abatidos para se tornarem espetinhos de carne ou linguiças, sendo vendidos como se fossem carne de porco, carneiro ou, até mesmo, boi. O atrativo para os criminosos era o potencial de lucro, já que a carne de gato era vendida a 10 yuans por quilo, enquanto a carne de carneiro poderia ser comercializada por 70 yuans por quilo.
De acordo com Gong Jian, um dos ativistas envolvidos na operação, os consumidores não conseguiam identificar a origem do animal nos produtos processados, como espetinhos ou linguiças. “Enquanto houver algo a ser ganho, um lucro, haverá pessoas que farão o que for necessário”, afirmou Jian.
Após o resgate, a maioria dos gatos foi realocada para um parque transitório, onde está recebendo cuidados de voluntários. Essa não foi a primeira vez que o grupo de ativistas descobriu uma operação semelhante. Anteriormente, eles encontraram um matadouro na província de Guangdong, onde carcaças de gatos esfolados e congelados eram armazenadas para venda.
A ação da polícia chinesa foi louvável ao impedir o abate de mais de mil gatos e interromper uma operação ilegal de venda de carne desses animais. O trabalho conjunto entre ativistas e as autoridades mostra a importância de proteger os animais e combater crimes desse tipo. O caso serve como alerta para a necessidade de adoção de medidas mais rigorosas para coibir práticas cruéis contra os animais e punir os responsáveis.