Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro converte prisões em flagrante em preventivas para suspeitos de incendiar ônibus na Zona Oeste

Na última segunda-feira (23), cinco pessoas foram detidas no Rio de Janeiro sob suspeita de terem ateado fogo em 35 ônibus na Zona Oeste da cidade. Nesta quarta-feira (25), o Tribunal de Justiça do Rio transformou em prisões preventivas os autos de prisão em flagrante de três dos detidos.

Os ataques ocorreram em meio a uma onda de violência promovida por milicianos. A decisão de manter os três suspeitos presos foi tomada durante uma audiência de custódia na Central de Custódias de Benfica, na Zona Norte do Rio.

Os ônibus foram incendiados após a morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteus ou Faustão, sobrinho de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da milícia da Zona Oeste. Faustão foi baleado após trocar tiros com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Polinter, na região de Três Pontes, em Santa Cruz.

Durante a operação, a polícia apreendeu dois fuzis, uma pistola, telefones celulares, coletes balísticos, rádios de comunicação e munição de fuzil. Além dos ônibus queimados, um trem do ramal de Santa Cruz também teve a cabine do maquinista incendiada.

Daniel Vinícius Ferreira Anunciação, Marlon Vanderson dos Santos Sacramento e Jackson Alexandre Siqueira dos Santos tiveram suas prisões preventivas decretadas. De acordo com o juiz responsável pela decisão, há fortes indícios de que os suspeitos participaram do incêndio criminoso dos ônibus, o que colocou em risco a integridade física das pessoas próximas ao local.

Yuri Celine Ferreira, também preso na operação, teve sua liberdade provisória concedida. Já Juarez Fontes Tavares Júnior passará por audiência de custódia nesta quinta-feira.

É importante ressaltar que grupos paramilitares têm se formado no Rio de Janeiro e atuado de forma armada, criando verdadeiros estados paralelos e gerando uma intensa violência urbana. A conduta dos detidos é mais um exemplo dessa violência, que obstrui vias e gera medo e insegurança na população.

Os ataques promovidos por essa milícia na Zona Oeste resultaram na queima de dezenas de ônibus e colocaram em risco a vida de diversas pessoas. A transformação das prisões em flagrante em prisões preventivas é uma medida importante para a garantia da segurança pública e para o combate às ações criminosas realizadas por esses grupos paramilitares. O caso seguirá em investigação para a identificação de outros envolvidos e esclarecimento de todos os fatos.

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