Úlcera gástrica: conheça os sintomas, fatores de risco e tratamentos para essa lesão no estômago

Úlcera é o nome genérico dado a lesões que podem aparecer no tecido mucoso. Essas feridas podem ocorrer em diferentes partes do corpo, sendo a afta um exemplo de úlcera na boca. No entanto, o termo “úlcera” é geralmente associado a um tipo específico chamado úlcera péptica, também conhecido como úlcera gástrica.

A úlcera péptica se desenvolve no tecido interno do estômago ou na primeira porção do intestino delgado. A presença e proliferação da bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) é a principal causa dessa ferida, pois enfraquece as defesas estomacais, deixando o órgão vulnerável à sua própria acidez.

Além da infecção bacteriana, outros fatores podem estar relacionados ao surgimento de uma úlcera. O uso de medicamentos anti-inflamatórios e aspirina, por exemplo, pode desencadear a formação das lesões. Além disso, fatores genéticos podem tornar o indivíduo mais suscetível.

Hábitos nocivos como tabagismo e consumo excessivo de álcool são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de úlceras gástricas. No entanto, não há evidências suficientes que comprovem a relação entre alimentos picantes, estresse e café com o surgimento da úlcera, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED).

Os sintomas da úlcera podem variar, sendo que em muitos casos ela é assintomática e só será detectada por meio de exames. Quando se manifesta, os principais sinais são dores e sensação de queimação na região superior e mediana do abdômen, náuseas, sensação de estômago cheio, vômitos e fezes avermelhadas pela presença de sangue.

As úlceras gástricas tendem a piorar durante a alimentação, enquanto as úlceras duodenais podem causar dor cerca de duas a cinco horas após a ingestão de alimentos ou durante a noite.

Para fazer o diagnóstico da úlcera, o médico gastroenterologista avalia os sintomas apresentados pelo paciente e pode recomendar um exame de endoscopia, que permite visualizar a superfície interna do estômago por meio de uma sonda com uma câmera.

O tratamento da úlcera geralmente envolve o uso de medicamentos para controlar a acidez do estômago e analgésicos para aliviar a dor. Nos casos de infecção bacteriana, são utilizados antibióticos.

Mudanças nos hábitos alimentares, como uma dieta rica em legumes, frutas e verduras e a redução no consumo de alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas, podem auxiliar no tratamento da úlcera.

É importante destacar que se a úlcera não for tratada, pode levar a complicações graves, como perfuração na parede do estômago ou do duodeno e inflamação. Em estágios avançados, pode ser necessária uma cirurgia para corrigir o problema. A úlcera também pode causar fibrose na área afetada, dificultando a passagem dos alimentos, além de aumentar o risco de hemorragia digestiva, que pode exigir internação e transfusões sanguíneas.

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