Segundo relatos de um fotógrafo da AFP, não há voos nem ônibus entre a Cidade do México e Acapulco. Além disso, não há sinal de internet nem energia elétrica na cidade. A situação é preocupante, pois muitos visitantes que estavam no balneário ficaram bloqueados devido ao fechamento dos acessos.
A ocupação hoteleira estava em cerca de 50% quando o furacão atingiu a região. Uma convenção sobre mineração estava acontecendo no momento e muitos participantes ficaram presos na cidade. Uma turista mexicana, Nely Palacios, expressou sua angústia ao afirmar que estava incomunicável e esperava que alguém de sua família soubesse que ela estava bem.
As primeiras imagens após a passagem do furacão mostraram hotéis de luxo e centros comerciais reduzidos apenas às suas estruturas de concreto. Além disso, cenas de saques começaram a se multiplicar. Apesar dos danos materiais devastadores, não foram reportadas vítimas.
Otis chegou à categoria 5, a máxima na escala de ventos Saffir-Simpson. Sua rápida intensificação pegou o governo e o presidente, Andrés Manuel López Obrador, de surpresa. O presidente seguiu para Acapulco por via terrestre, enfrentando atrasos devido aos deslizamentos de terra e danos nas estradas.
A falta de telecomunicações na região dificultou o trabalho dos jornalistas, que tiveram poucas opções para transmitir informações de alcance nacional a partir da área afetada pelo desastre.
O aeroporto de Acapulco ficou inundado e com sinais de destruição no telhado e nas janelas. Centenas de turistas foram vistos caminhando pela avenida principal da cidade com o que conseguiram salvar de seus pertences.
Após passar por Acapulco, o furacão Otis se desintegrou no território montanhoso do sudoeste mexicano, deixando um rastro de destruição em seu caminho.
Essa situação de isolamento e destruição em Acapulco é preocupante, tanto para os turistas quanto para os moradores. Espera-se que as autoridades locais tomem medidas urgentes para restabelecer as condições básicas de segurança e comunicação na região.
