A cidade de Lewiston, a segunda maior do estado, amanheceu em estado de choque e as autoridades locais recomendaram que os 36 mil habitantes permanecessem em suas casas. Centenas de policiais estão trabalhando incansavelmente para encontrar o atirador responsável por mais essa tragédia. Infelizmente, o massacre ocorrido na pista de boliche se tornou apenas mais um exemplo da epidemia de violência armada que assola os Estados Unidos.
Testemunhas relataram momentos de pânico e desespero no momento dos tiros. Riley Dumont, que estava jogando boliche com sua família, contou à ABC que se jogou em cima de sua filha de 11 anos e sua mãe se jogou em cima dele para protegê-los. “As pessoas gemiam e choravam”, descreveu Riley.
A polícia divulgou imagens do agressor, identificado como Robert Card, de 40 anos, segurando a arma apontada para as portas de vidro da pista de boliche. Nichoel Wyman Arel, que estava retornando para casa com sua filha quando viu a movimentação de ambulâncias e carros de polícia, relatou o quanto foi angustiante ver famílias fugindo e perceber que elas estavam ali para uma simples noite de diversão.
Infelizmente, esse tipo de tragédia se repete com frequência nos Estados Unidos, um país que possui mais armas do que habitantes. Nos últimos anos, cada vez mais lugares do cotidiano têm sido alvos de massacres, como lojas, igrejas, supermercados, casas noturnas e transporte público.
O ataque na pista de boliche em Lewiston é o mais mortal registrado este ano nos Estados Unidos, um país que já contabilizou mais de 15 mil mortes causadas pela violência armada somente neste período, segundo a organização Gun Violence Archive (GVA).
Após mais essa tragédia, muitas pessoas deixaram mensagens de solidariedade e apoio na página do Facebook da pista de boliche. Infelizmente, não há palavras que possam reparar o sofrimento causado por tais eventos trágicos, apenas resta a esperança de que algo seja feito para evitar que novas vidas sejam perdidas para a violência armada.