Ataques aéreos em Rafah e Khan Yunis, na Faixa de Gaza, deixam dezenas de mortos e aumento da crise humanitária.

Nas últimas 24 horas, a Faixa de Gaza foi novamente alvo dos bombardeios de Israel, resultando em um grande número de mortes, especialmente nas cidades de Rafah e Khan Yunis. De acordo com o último boletim do Escritório para Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha), essas duas áreas foram as mais atingidas e registraram o maior número de vítimas fatais. O relatório não especificou a fonte da informação.

Segundo as informações fornecidas pelo governo brasileiro, há um grupo de 32 pessoas, incluindo crianças, mulheres e homens, que estão sendo monitoradas na região. Essas pessoas estão distribuídas entre as cidades de Rafah e Khan Yunis. Mesmo com as forças israelenses ordenando a saída dos moradores do Norte de Gaza, as áreas do sul também estão sofrendo intensos bombardeios.

O boletim da ONU destaca os ataques aéreos contra estruturas residenciais nessas duas cidades, que resultaram em um grande número de mortes, incluindo crianças. Além disso, operações de busca e resgate estão em andamento para encontrar dezenas de pessoas que estão desaparecidas sob os escombros.

Brasileiros que estão na região relataram a ocorrência de intensos bombardeios durante a última noite, sendo que um produto usado pelos israelenses afetou a respiração, assemelhando-se a gás lacrimogêneo.

Um palestino naturalizado brasileiro, Hasan Rabee, de 30 anos, presenciou os recentes bombardeios próximos à sua residência, onde ele está abrigado com sua esposa e duas filhas. Há 20 dias eles estão esperando autorização para deixar a Faixa de Gaza, enfrentando dificuldades de escassez de água, energia, gás para cozinhar e alimentos. Até o momento, é a terceira vez que sua residência foi alvo dos ataques.

Segundo informações do Ministério da Saúde em Gaza, controlada pelo Hamas, desde o dia 7 de outubro, cerca de 7.326 palestinos, incluindo 3.038 crianças, foram mortos nos ataques israelenses. Além disso, estima-se que cerca de 1,6 mil pessoas, incluindo 900 crianças, estejam desaparecidas, podendo estar presas ou mortas sob os escombros.

No que diz respeito ao fornecimento de água, houve uma melhoria temporária nos últimos dias. Graças à atuação da UNRWA (Agência da ONU para Refugiados Palestinos) e da Unicef (Fundo da ONU para Infância), foi possível fornecer 25 mil litros adicionais de combustível para as instalações de água. No entanto, essas operações serão interrompidas novamente em breve se não houver um fornecimento adicional de combustível.

Também foi informado que o abastecimento de água por parte de Israel à área de Khan Younis, que havia sido drasticamente reduzido, foi retomado ao nível anterior de 600 metros cúbicos por hora. Isso contribuiu para a disponibilidade de água canalizada em algumas residências. Porém, ainda existem limitações, uma vez que duas centrais de dessalinização de água do mar estão operando apenas com 30% de sua capacidade total. A terceira central permanece fechada.

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