Congressista republicano de origem brasileira, George Santos, se declara inocente de acusações adicionais propostas pela justiça americana.

O congressista republicano George Santos, de origem brasileira, se declarou inocente das acusações adicionais propostas pela justiça americana por roubo de identidade e dar falso testemunho à Comissão Federal de Eleições (FEC), segundo fontes judiciais.

O julgamento de Santos, filho de imigrantes brasileiros, de 35 anos, foi marcado para 9 de setembro de 2024 e deve durar três semanas, de acordo com as mesmas fontes judiciais.

No início de outubro, a promotoria do distrito leste de Nova York apresentou novas acusações contra o congressista, que se somam a outra série de acusações em maio, entre elas a de roubo de identidade de pessoas e de pagamentos com cartões de crédito de seus doadores sem sua autorização, além de mentir para a FEC e, consequentemente, ao público sobre a situação financeira de sua campanha.

Segundo o promotor Breon Peace, “Santos inflou os recibos de campanha reportados com créditos inexistentes e contribuições que também foram fabricadas ou roubadas”.

Em maio, ele havia sido declarado inocente de sete acusações de fraude eletrônica, três de lavagem de dinheiro, um de roubo de fundos públicos e duas declarações materialmente falsas à Câmara de Representantes.

O congressista republicano admitiu ter produzido boa parte de seu currículo, incluindo seu nome de registro e religião – ele afirmou ser judeu -, seus estudos e histórico de empregos, ao se candidatar no ano passado a um assento na Câmara de Representantes de Long Island, Nova Iorque.

De acordo com a acusação inicial, Santos mentiu para doadores em sua bem-sucedida eleição de novembro de 2022, transferindo dinheiro para sua conta pessoal e usá-lo para pagar suas despesas e comprar roupas de grife.

Ele também é acusado de cobrar parcelas de seguro-desemprego às quais não tinha direito durante a pandemia de covid-19, antes de ser eleito.

Vários congressistas, tanto republicanos quanto democratas, pediram que Santos renunciasse ao cargo, o que ele não fez até agora.

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