Apesar do teor da resolução, é importante destacar que ela possui caráter recomendativo, ou seja, não impõe obrigações aos países. No entanto, essa posição não diminuiu a revolta de Erdan, que afirmou que a ONU perdeu sua legitimidade e relevância ao não cumprir seu propósito original de prevenir atrocidades. O embaixador israelense sustenta que a organização está comprometida em assegurar tais atrocidades ao invés de evitá-las.
Entre os principais pontos que Erdan criticou na resolução estão a ausência de condenação ao Hamas e a suposta destituição do direito de defesa de Israel na guerra, uma vez que o cessar-fogo é solicitado. É importante ressaltar que a resolução foi aprovada com 120 votos a favor, 14 contrários e 45 abstenções.
Essa discussão sobre um cessar-fogo para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza foi levada à Assembleia Geral depois de diversos impasses na votação de documentos apresentados no Conselho de Segurança, único órgão com poder para propor resoluções de caráter obrigatório.
O conflito entre Israel e o Hamas se arrasta há mais de 20 dias e tem gerado preocupação na comunidade internacional devido ao alto número de mortos e à destruição causada na região. Enquanto Israel se defende dos ataques do grupo extremista, o Hamas é acusado de lançar foguetes indiscriminadamente, colocando em risco a vida de civis.
Apesar da resolução aprovada, é necessário esperar para ver se haverá uma trégua efetiva e se a ajuda humanitária chegará às mãos dos mais necessitados em Gaza. Enquanto isso, a tensão e o confronto continuam a causar danos incalculáveis na região, evidenciando a urgência de uma solução diplomática para o conflito.