Forte número de mortes em Rafah e Khan Yunis revelam impacto dos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza

Nas últimas 24 horas, as cidades de Rafah e Khan Yunis, ao Sul da Faixa de Gaza, foram as mais afetadas pelos bombardeios de Israel, resultando no maior número de mortes. Segundo o Escritório para Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha), foram registradas 40 mortes em dois ataques aéreos separados em Khan Yunis, além de 12 mortes, incluindo cinco crianças, em Rafah. Operações de busca e resgate estão em andamento para localizar dezenas de pessoas desaparecidas sob os escombros.

Entre as vítimas, há um grupo de 32 pessoas monitorado pelo governo brasileiro, que está dividido entre Rafah e Khan Yunis. Apesar das forças israelenses ordenarem a saída dos moradores do Norte de Gaza, o sul da região continua sendo alvo dos intensos bombardeios. Os brasileiros relataram um intenso bombardeio na última noite, com uso de algum produto que afeta a respiração, semelhante a gás lacrimogêneo.

Um palestino naturalizado brasileiro, Hasan Rabee, de 30 anos, que está aguardando autorização para deixar a Faixa de Gaza junto com sua esposa e duas filhas, testemunhou novos bombardeios próximos à residência onde estão abrigados. Ele relata a dificuldade em viver no local durante 21 dias, com ataques diretos, falta de água, energia, gás de cozinha e pão.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, desde o início dos ataques israelenses em 7 de outubro, pelo menos 7.326 palestinos foram mortos, incluindo 3.038 crianças. Além disso, estima-se que cerca de 1,6 mil pessoas, incluindo pelo menos 900 crianças, estejam desaparecidas, podendo estar presas ou mortas sob os escombros.

Em relação ao abastecimento de água, o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários informou uma melhoria temporária pelo segundo dia consecutivo, graças ao fornecimento de combustível adicional às instalações de água cruciais. No entanto, caso não seja fornecido combustível adicional, as operações serão interrompidas em breve. Além disso, o abastecimento de água por Israel à área de Khan Yunis, que havia diminuído, foi retomado ao nível anterior, o que contribuiu para a disponibilidade de água canalizada em algumas residências. No entanto, as centrais de dessalinização de água do mar operam com apenas 30% de sua capacidade total.

A situação humanitária na região continua crítica, com o número de mortos e desaparecidos aumentando a cada dia. A comunidade internacional precisa agir rapidamente para buscar uma solução para esse conflito e garantir a segurança e o bem-estar da população afetada.

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