Macron afirmou que é necessário proteger aqueles que estão no terreno e sofrendo bombardeios, enquanto Sánchez defendeu um cessar-fogo humanitário. Os líderes europeus, no entanto, tiveram dificuldades em chegar a um consenso sobre a formulação do pedido, tendo em vista a divergência entre os países da UE que apoiam Israel e aqueles que estão preocupados com a situação dos civis em Gaza.
O presidente francês admitiu que houve um debate sobre a utilização do plural ou singular na formulação do pedido de trégua. No final, o documento final da cúpula mencionou a implementação de “corredores humanitários” e “pausas por necessidades humanitárias”. Esta é a saída encontrada para conciliar os interesses dos países da UE em relação a Israel e aos civis em Gaza.
A retaliação de Israel às ações do Hamas, após o ataque do grupo palestino ao território israelense no início do mês, vem levantando preocupações internacionais devido ao alto número de mortes de civis na Faixa de Gaza. Imagens de civis, incluindo crianças, sofrendo com os bombardeios têm causado indignação.
Cada vez mais vozes se juntam ao coro que pede uma solução pacífica para o conflito entre israelenses e palestinos. O presidente espanhol Sánchez propôs a realização de uma conferência internacional de paz para resolver a questão. Essa proposta foi apoiada por todos os líderes da UE presentes na cúpula.
Enquanto alguns líderes, como o chefe de governo alemão Olaf Sholz, defendem o direito de Israel se defender, outros enfatizam a urgência de garantir a ajuda humanitária aos civis de Gaza. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou a importância de que a ajuda chegue aos civis de forma imediata.
A preocupação com a situação em Gaza não se restringe à Europa. A América Latina também tem se manifestado em defesa da paz e da causa palestina, com nuances entre os países da região. Em meio a esse cenário, jordanianos foram às ruas pedir a revogação do tratado de paz com Israel.
A situação em Gaza continua crítica e a pressão internacional pela proteção dos civis e por uma solução pacífica para o conflito entre israelenses e palestinos só cresce. Resta saber qual será o desdobramento desses apelos e se eles serão capazes de trazer alívio para a população da Faixa de Gaza.
