Os cartazes levantados pelos manifestantes expressavam a rejeição ao acordo de Wadi Araba, o tratado de paz assinado entre Jordânia e Israel em 1994, e às bases americanas. Além disso, bandeiras palestinas e jordanianas estavam presentes, e muitos manifestantes gritavam palavras de ordem contra o tratado de paz, afirmando que ele representa uma rendição ao governo israelense.
Alguns manifestantes seguravam retratos do presidente americano, Joe Biden, do presidente francês, Emmanuel Macron, e do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, junto com a frase “Parceiros no Crime”. Esse gesto evidencia a indignação dos manifestantes em relação à postura desses líderes no conflito entre Israel e Palestina.
Além do protesto em Amã, outras cidades jordanianas também registraram manifestações. Em Zarqa, aproximadamente 2.000 pessoas participaram da manifestação, enquanto centenas saíram às ruas em Mafraq, Tafila e Áqaba. Essa mobilização constante em apoio aos palestinos em Gaza vem ocorrendo desde o início do conflito, em 7 de outubro, quando o movimento islâmico Hamas realizou um ataque contra Israel.
Segundo as autoridades israelenses, desde então, cerca de 1.400 pessoas, em sua maioria civis, morreram no Israel, no ataque do Hamas, que é considerado o mais sangrento desde a criação do Estado em 1948. Em represália, Israel iniciou uma série de bombardeios na Faixa de Gaza, com o objetivo de destruir o Hamas. De acordo com o grupo islâmico, mais de 7.300 pessoas, a maioria civis e mais de 3.000 crianças, foram mortas nos bombardeios.
Esses protestos evidenciam a insatisfação de parte da população jordaniana com o tratado de paz com Israel e com a postura dos Estados Unidos e de outros líderes mundiais diante do conflito entre Israel e Palestina. A mobilização nas ruas mostra a solidariedade dos jordanianos com os palestinos e reforça a pressão por uma solução justa e equilibrada para a questão.