Especialistas explicam baixa probabilidade de morrer durante o sono, mesmo que existam condições médicas específicas.

Segundo especialistas, é possível ter medo de morrer durante o sono, porém, a probabilidade de que isso aconteça é relativamente baixa, a menos que exista uma condição médica específica.

De acordo com Milind Sovani, consultor em medicina respiratória do Nottingham University Hospitals NHS Trust, a ocorrência de morte durante o sono está geralmente relacionada ao coração, vias aéreas ou cérebro. O problema é que, durante o sono, não somos capazes de perceber alguns sinais que seriam facilmente observados quando estamos acordados. Por exemplo, se estivermos de pé e houver uma pausa de 10 segundos na frequência cardíaca, é provável que caiamos e desmaiamos, chamando a atenção das pessoas ao redor. Porém, durante o sono, simplesmente não conseguimos responder aos nossos próprios sintomas.

A causa mais comum de morte durante o sono está relacionada ao coração. Segundo o Wall Street Journal, a parada cardíaca súbita é responsável por 90% das mortes súbitas e inesperadas durante o sono. Pessoas com doença arterial coronariana, coração aumentado ou batimento cardíaco irregular (fibrilação ventricular) têm maior risco de morte noturna. Outro fator de risco é a apneia obstrutiva do sono, que pode levar a uma parada cardíaca. Pessoas com essa condição têm 2,5 vezes mais probabilidade de sofrer morte cardíaca súbita entre 12h e 6h do que aquelas sem apneia obstrutiva.

No que diz respeito ao cérebro, os especialistas alertam para os portadores de epilepsia, uma condição em que as pessoas têm convulsões recorrentes. Em alguns casos, os sintomas não são totalmente controlados com medicamentos, o que pode levar a uma morte súbita e inesperada durante o sono. Estudos indicam que o risco desse tipo de morte é maior durante o sono.

Além disso, o acidente vascular cerebral também pode ser responsável pela morte súbita noturna. Aproximadamente 25% dos casos ocorrem durante o sono e condições como a apneia podem aumentar o risco. Durante um AVC, um coágulo ou um vaso sanguíneo rompido impedem que o sangue chegue ao cérebro, causando a morte das células cerebrais e afetando as partes do corpo controladas pelo cérebro.

Por fim, é importante ressaltar que, apesar dessas condições representarem um risco, a probabilidade de morrer durante o sono ainda é relativamente baixa para a maioria das pessoas. Cuidados médicos adequados e acompanhamento regular podem ajudar a prevenir essas complicações e garantir uma noite tranquila.

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