1° Encontro Nacional Afrocientista na UnB reúne estudantes e professores para debater a promoção de jovens negros na produção científica

No último fim de semana, a Universidade de Brasília (UnB) sediou o 1° Encontro Nacional Afrocientista, evento promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), pelo Consórcio Nacional de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (CONNEABS) e pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas (GEPHERG/UNB). Cerca de 150 estudantes, professores e voluntários compareceram ao encontro para debater a promoção de jovens negros na produção científica do país.

Durante os dois dias de evento, foram discutidos assuntos como o protagonismo dos jovens negros na escola, políticas públicas de ação afirmativa, inserção no mercado de trabalho e os desafios na melhoria da qualidade da educação. A vice-coordenadora de políticas públicas da ABPN, professora Renísia Garcia Filice, destacou que o encontro incentiva a iniciação científica e fortalece a educação antirracismo. Segundo ela, o evento fortalece as políticas de currículo e formação de professores, estabelecendo uma relação potente entre ensino, pesquisa, extensão e transformação social.

O encontro nacional faz parte do Projeto Afrocientista, que é promovido pelas entidades desde 2019 com o objetivo de incentivar a iniciação científica e o letramento racial de jovens negros na educação básica e superior da rede pública. Ao longo das quatro edições já realizadas, aproximadamente 500 estudantes já foram beneficiados com bolsas de estudo oferecidas pelo projeto.

O evento contou com a participação de representantes de diversas instituições de ensino e pesquisa do país, além de palestrantes renomados na área. O encontro proporcionou um espaço de troca de conhecimentos e experiências, além de incentivar o networking entre os participantes.

A realização do 1° Encontro Nacional Afrocientista marca um marco importante na luta pela igualdade racial e pelo reconhecimento do potencial dos jovens negros na produção científica do país. A promoção de iniciativas como essa contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades de acesso à educação e à produção de conhecimento.

É fundamental que o debate e as ações em prol da inclusão e valorização dos negros na ciência e na educação sejam cada vez mais fortalecidos e disseminados. Somente assim será possível superar as desigualdades e garantir a construção de uma sociedade mais diversa e representativa em todos os aspectos. O sucesso do 1° Encontro Nacional Afrocientista é um passo importante nessa direção.

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