A estimativa é que mais de 12 milhões de pessoas em todo o mundo sofram um AVC este ano, resultando em 6,5 milhões de mortes. Além disso, mais de 110 milhões de pessoas vivem com sequelas dessa doença. É importante ressaltar que o risco de AVC aumenta com a idade, sendo que mais de 60% dos casos ocorrem em pessoas com menos de 70 anos.
Segundo o neurologista e coordenador do serviço de AVC do Hospital Albert Einstein, Marco Túlio Araújo Pedatella, os principais fatores de risco para o AVC são pressão alta, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo, fumo, uso excessivo de bebida alcoólica e histórico familiar. Além disso, ele destaca que a doença não está restrita apenas às pessoas mais velhas. Há relatos cada vez mais frequentes de casos de AVC em jovens, o que gera impactos enormes, tanto pessoais quanto financeiros, devido à incapacitação que a doença pode causar.
Pedatella destaca ainda a importância de reconhecer os sinais de um AVC e buscar tratamento o mais rápido possível. Ele ressalta que o AVC é um quadro repentino e que é necessário agir imediatamente diante de sintomas como perda de força ou sensibilidade, alteração na visão, desequilíbrio ou incoordenação motora, dificuldade na fala e dor de cabeça intensa e diferente do habitual. O médico ressalta que o tratamento precoce não apenas salva vidas, mas também aumenta as chances de recuperação.
No entanto, é importante ressaltar que não existe um remédio que cure as lesões causadas pelo AVC. A reabilitação é essencial para os pacientes, mas a gravidade das sequelas depende do local e do tamanho da lesão no cérebro. Portanto, a prevenção e o cuidado com os fatores de risco continuam sendo a principal medida para combater essa doença tão devastadora.
É fundamental que a sociedade como um todo se conscientize sobre a gravidade do AVC e adote medidas de prevenção, como ter uma alimentação saudável, praticar atividade física regularmente, evitar o tabagismo e realizar exames de rotina para monitorar a pressão arterial e o nível de colesterol. Somente assim será possível reduzir significativamente o número de casos de AVC e suas consequências trágicas.