De acordo com a MSF, essa é uma resposta extremamente inadequada às necessidades crescentes em Gaza. Christos Christou, presidente internacional da MSF, afirmou que a entidade está pronta para aumentar a ajuda humanitária a Gaza, com equipes e suprimentos médicos de prontidão. No entanto, ele ressaltou que, enquanto os bombardeios continuarem com a intensidade atual, aumentar a ajuda médica será inevitavelmente insuficiente. É urgente a necessidade de um cessar-fogo para proteger as pessoas indefesas que estão sendo submetidas a bombardeios terríveis.
Além da falta de suprimentos, a Agência da ONU para Refugiados da Palestina (UNRWA) alertou para o colapso da ordem civil em Gaza. Milhares de pessoas invadiram armazéns e centros de distribuição da agência em busca de alimentos, itens básicos de sobrevivência e produtos de higiene pessoal. O diretor de assuntos da UNRWA na Faixa de Gaza, Thomas White, afirmou que as pessoas estão assustadas, frustradas e desesperadas, e se sentem isoladas do resto do mundo devido aos cortes nas comunicações.
O deslocamento em massa de pessoas do Norte da Faixa de Gaza para o Sul está sobrecarregando a estrutura da região Sul e as famílias estão abrigadas em uma mesma casa, o que agrava a situação. Além disso, os suprimentos no mercado estão se esgotando e a ajuda humanitária proveniente do Egito é insuficiente. A UNRWA destacou que o apagão nas comunicações dificultou a chegada de ajuda humanitária nos últimos dias.
A agência pediu uma linha de fluxo regular e constante de fornecimentos humanitários para a Faixa de Gaza, a fim de atender às necessidades cada vez maiores da população. Segundo a UNRWA, parte dos serviços e ligações à Internet foram restaurados hoje. No entanto, é necessário garantir a continuidade do fluxo de suprimentos e a proteção das pessoas que estão sofrendo com a violência e a falta de acesso a itens essenciais.
A situação humanitária em Gaza é grave e exige ações imediatas. A comunidade internacional precisa se mobilizar para garantir o acesso a suprimentos e medicamentos e promover um cessar-fogo que proteja a população civil.
