O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou a falta de uma pausa humanitária e criticou Israel por intensificar suas operações militares. Ele afirmou que a situação em Gaza se torna mais desesperadora a cada hora.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou o início de uma “segunda fase” da guerra contra o movimento Hamas na Faixa de Gaza, destacando que a batalha será longa e difícil.
O Exército de Israel aumentou seu efetivo e as operações terrestres na região, em resposta ao ataque sangrento realizado pelo Hamas em Israel no início do mês. Segundo as autoridades israelenses, cerca de 1400 pessoas morreram e 230 foram sequestradas pelo grupo palestino.
Por sua vez, o Ministério da Saúde do Hamas afirmou que mais de 8000 pessoas morreram na Faixa devido aos ataques de Israel, sendo metade delas crianças.
Desde o início de outubro, Israel impôs um cerco total ao território palestino, interrompendo o fornecimento de água, alimentos e eletricidade. Apenas 84 caminhões de ajuda humanitária conseguiram entrar em Gaza desde então.
A situação se agravou ainda mais com a invasão de armazéns e centros de distribuição de ajuda humanitária, o que indica que a ordem pública está começando a desmoronar.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, anunciou estar disposto a trocar todos os prisioneiros palestinos pelas pessoas mantidas como reféns por Israel.
Houve protestos em diversas partes do mundo em apoio aos palestinos e contra as ações de Israel em Gaza. No entanto, os receios de um conflito regional estão crescendo, principalmente após advertências do Irã aos Estados Unidos, que é aliado de Israel.
Na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, três palestinos morreram neste domingo após serem alvejados pelo Exército israelense.
Além disso, a escassez de comunicações e internet em Gaza complicou ainda mais os esforços de ajuda humanitária. No entanto, a rede estava sendo restabelecida neste domingo.
Em meio a esse cenário desolador, a presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha denunciou o fracasso humanitário e catastrófico que o mundo não deve tolerar.
A guerra em Gaza levantou preocupações sobre um conflito regional, com o Irã mostrando seu apoio ao Hamas e ao Hezbollah libanês. A Arábia Saudita também denunciou a violação injustificável do direito internacional por parte de Israel.