Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais cerca de 40 podem afetar a região anogenital, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Treze desses tipos são considerados oncogênicos, ou seja, capazes de causar câncer. Os tipos 16 e 18 do HPV, por exemplo, estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.
A principal forma de transmissão do HPV é através do contato sexual, incluindo o contato direto com a pele ou mucosa infectada, contato oral-genital ou manual-genital. O vírus pode ser encontrado não apenas na vagina e no pênis, mas também na vulva, períneo, bolsa escrotal e região pubiana. Em casos raros, o HPV também pode ser transmitido durante o parto ou através do contato com as mucosas nasal, oral e laríngea.
Embora a maioria das pessoas infectadas com HPV não apresente sintomas, isso não significa que a doença não possa evoluir para câncer ou ser transmitida para outras pessoas. Por isso, é importante estar atento aos sinais e sintomas, que podem incluir o aparecimento de verrugas na região genital e anal, coceira e mau cheiro. Em algumas situações, a infecção pelo HPV pode ser mais comum durante a gravidez e em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.
O HPV pode levar ao desenvolvimento de câncer em diferentes regiões do corpo, como o colo do útero, vagina, vulva, ânus, pênis, boca e orofaringe. O risco de câncer de colo do útero em mulheres é maior, mas é importante ressaltar que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença da infecção pelo HPV.
Para prevenir a infecção pelo HPV, é recomendado o uso de preservativos durante a relação sexual. Além disso, é importante que as mulheres realizem o exame papanicolau a partir dos 25 anos de idade, pelo menos uma vez ao ano, e que os homens visitem o urologista regularmente. A vacinação também é uma forma eficaz de prevenção contra o HPV, sendo oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos dos 9 aos 14 anos. A partir dos 15 anos, a vacinação é feita em três doses, com intervalos entre elas.
Em caso de diagnóstico positivo para HPV, é importante comunicar o parceiro ou parceira sexual para que possam tomar as devidas medidas de prevenção e vigilância quanto aos sintomas. O tratamento para o HPV inclui a aplicação de pomadas, intervenções químicas ou cirúrgicas, além de estimuladores da imunidade. Em casos mais graves, como o desenvolvimento de câncer, é possível recorrer à radioterapia ou quimioterapia.
Em resumo, o HPV é uma infecção sexualmente transmissível que pode levar ao desenvolvimento de câncer em homens e mulheres. A transmissão ocorre através do contato sexual, mas também pode ocorrer durante o parto e por contato com mucosas extragenitais. Para prevenir a infecção, é importante o uso de preservativos e a vacinação. O diagnóstico e tratamento devem ser realizados por profissionais de saúde especializados.