Um dos armazéns da UNRWA na cidade de Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza, guarda suprimentos humanitários que chegaram ao enclave palestino nos primeiros comboios que atravessaram Gaza através do posto fronteiriço de Rafah, com o Egito, em 21 de outubro. No entanto, a guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada pelo ataque sangrento que o movimento islâmico palestino realizou em território israelense em 7 de outubro, gerou uma série de bombardeios em Gaza por parte de Israel, resultando em um bloqueio total ao fornecimento de alimentos, água, medicamentos e combustível para Gaza.
A chegada da ajuda humanitária tem sido insuficiente para suprir as necessidades da população de Gaza, de acordo com a UNRWA. O abastecimento está gravemente inadequado para a demanda, o que tem agravado ainda mais a situação. Antes do conflito, uma média de 500 caminhões por dia entrava em Gaza, mas agora o fornecimento é escasso e inconsistente. A UNRWA alertou que os suprimentos estão acabando e que a população de Gaza tem imensas necessidades.
As agências humanitárias têm emitido alertas sobre a escassez de alimentos, água e suprimentos médicos em Gaza, porém as autoridades israelenses negam que haja essa escassez. Um mecanismo conjunto foi criado com as Nações Unidas, os Estados Unidos e o Egito para facilitar o acesso da assistência humanitária do Egito a Gaza. Os militares israelenses afirmam que esperam que mais caminhões de ajuda comecem a entrar em Gaza em breve.
Apesar disso, a UNRWA informou que milhares de pessoas invadiram seus armazéns, levando farinha de trigo e outros itens básicos de sobrevivência, como suprimentos de higiene. O diretor da UNRWA em Gaza, Thomas White, alertou que a ordem civil está começando a ruir, pois as pessoas estão assustadas, frustradas e desesperadas.
Diante dessa situação preocupante, é necessário estabelecer uma linha de fluxo regular e constante de fornecimentos humanitários para a Faixa de Gaza para atender às necessidades crescentes da população. O atual sistema de comboios é ineficiente e insuficiente, o que demanda uma revisão e uma mudança na abordagem para garantir assistência adequada às comunidades afetadas pelo conflito. Enquanto isso, a UNRWA está trabalhando para retomar os comboios e a distribuição de assistência assim que a situação permitir.
