O chanceler do presidente Lula está negociando pessoalmente um novo texto que será apresentado pelo Brasil durante as discussões. Apesar de ainda não haver um texto final a ser apresentado e nem previsão de votação de uma resolução, o Brasil está realizando consultas para tentar chegar a um consenso e evitar, principalmente, o veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, China e França.
Até o momento, o Conselho de Segurança não se manifestou formalmente sobre o conflito desde o ataque-surpresa do Hamas a Israel em 7 de outubro. No entanto, em 18 de outubro, o Brasil apresentou uma resolução que buscava uma solução diplomática para o conflito. O texto propunha, entre outras coisas, a criação de um corredor humanitário, mas foi vetado pelos Estados Unidos. A embaixadora americana, Linda Thomas-Greenfield, justificou que o veto ocorreu devido à falta de menção clara ao direito de Israel de se defender.
A proposta brasileira foi aprovada por 12 delegações dos 15 países que compõem o Conselho de Segurança, mas apenas os membros permanentes têm o poder de vetá-la. Dias depois, resoluções apresentadas pela Rússia e pelos Estados Unidos também foram vetadas. A resolução russa não obteve o número mínimo de votos necessários para ser aprovada, enquanto o texto americano foi vetado pela China e pela Rússia, que criticaram a falta de um pedido de cessar-fogo.
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com famílias de desaparecidos e reféns do Hamas e citou a resolução apresentada pelo Brasil. Ele afirmou que o texto fazia referência à necessidade de libertação imediata de todos os reféns pelo Hamas, mas foi vetado.
Diante desse impasse, o Brasil busca avançar nas negociações durante a presidência do Conselho de Segurança e tenta encontrar uma solução que leve em consideração o aspecto humanitário do conflito entre Israel e o Hamas. As reuniões em Nova York são importantes para debater esse assunto e buscar um consenso entre os membros do Conselho de Segurança, para que uma resolução possa ser aprovada e contribuir para o fim da violência e o alívio do sofrimento da população afetada pelo conflito.
