Durante seu discurso, Grandi ressaltou a importância de um cessar-fogo para interromper a violência continua na região. Ele referiu-se aos ataques contra civis israelenses e ao massacre de civis palestinos e a destruição de infraestruturas, causados pela operação militar israelense em curso.
Desde os ataques do Hamas em Israel no dia 7 de outubro, que resultaram em mais de 1.400 mortes, a resposta militar israelense em Gaza resultou em mais de 8.500 mortes, incluindo muitas crianças, de acordo com as autoridades sanitárias do território.
Grandi também expressou sua preocupação com o desprezo pelas regras básicas da guerra e pelo direito humanitário internacional, que está se tornando uma norma e não uma exceção. Ele enfatizou a necessidade de uma solução justa para o conflito israelense-palestino, que inclua o fim da ocupação israelense.
O alto comissário da ACNUR ainda destacou que o conflito em Gaza é apenas um dos muitos que estão ocorrendo ao redor do mundo. Ele mencionou conflitos na Ucrânia, Sudão, Sahel, República Democrática do Congo e Armênia, além da América Central, onde as crises não resolvidas são agravadas pelo crime e por gangues que causam deslocamentos.
Grandi lembrou que todos esses conflitos resultaram em mais de 114 milhões de refugiados e deslocados em todo o mundo. Ele enfatizou a importância de se virar a página sombria e buscar uma paz duradoura, não apenas na região, mas também no mundo.
Por fim, o alto comissário da ACNUR fez um apelo a todas as partes envolvidas para que trabalhem em conjunto e busquem uma solução pacífica para o conflito israelense-palestino. Ele ressaltou que a paz na região é crucial não apenas para os envolvidos diretamente, mas também para toda a comunidade global. O mundo espera que o Conselho de Segurança da ONU aja e exerça sua autoridade para alcançar um cessar-fogo humanitário em Gaza e, assim, pôr fim a essa terrível espiral de morte.
