Amorim, que possui uma vasta experiência na diplomacia, ressaltou que raramente viveu uma situação tão grave como a atual. Mesmo na crise dos mísseis de Cuba, que apresentava riscos significativos, não havia uma disseminação do ódio e uma polarização tão grave como a que ocorre hoje.
O assessor especial destacou as guerras entre Israel e o Hamas, assim como a disputa entre a Ucrânia e a Rússia, como exemplos desse momento grave. Na sua opinião, a situação atual é ainda mais séria do que a crise dos mísseis de Cuba.
Amorim fez essa declaração durante sua participação no Fórum Brasil África 2023, em São Paulo. Durante sua fala, ele enfatizou os esforços do Brasil em buscar uma resolução humanitária para o conflito entre Israel e o Hamas. Amorim considerou heroico o trabalho do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que está em Nova York tentando aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU para defender tanto os israelenses quanto os palestinos que têm sido afetados pelo conflito.
Além disso, Amorim mencionou que o próximo ano será crucial para o aumento das relações entre o Brasil e a África. Ele ressaltou que este ano foi necessário que o Brasil se reinserisse no mundo, e que agora é o momento de intensificar a atenção para o continente africano.
Dessa forma, Amorim demonstra sua preocupação com o enfraquecimento da ONU diante das guerras que têm assolado o mundo nos últimos anos. Ele destaca a necessidade de uma atuação mais efetiva da organização para solucionar esses conflitos e evitar um cenário ainda mais grave.
